A última lambidela que a página Zé Tó conseguiu publicar antes de ficar bloqueada.
"Passaram mais uns três ou quatro dias sem grande história. Eu era oficialmente o brinquedo sexual daquelas duas. Não sei como é que elas se organizavam e pouco me importava, dava por mim e tinha uma bajaina para lamber e manter feliz da vida. Elas, por sua vez, habituaram-se a ver-me bêbado e até achavam piada a isso. A esta distância, acredito que as copiosas quantidades de álcool que eu ingeria lhes dava uma boa desculpa para também beberem uns co...pos. Sempre que me abriam as pernas era já com um grãozinho na asa e uma bem maior desinibição nos neurónios. Eu sabia que não tardaria a fartar-me daqueles corpos, das suas rotinas e preferências, mas também não ignorava que tudo caminhava para um abrupto fim, pelo que me aguentei à bronca, sempre de cara alegre.
Chegou, por fim, o dia em que a Marta iria embora. Assim que acordei, confirmei que a Paula já tinha saído, como era seu hábito e enfiei-me na cama, acordando a Marta com umas belas lambidelas matinais. Ela deixou-se estar em modo semi-desperta, eu pus-me em cima dela e cavalguei-a a meu belo prazer. Quando a fiz vir, virei-a ao contrário, meti-a de quatro e dei-lhe com tudo o que tinha. Viemo-nos ao mesmo tempo e, como não tinha nada a perder, disse-lhe em tom sério e sofrido: vou ter saudades tuas, princesa. Pela maneira como me beijou, era capaz de jurar que acreditou sem qualquer hesitação. Vá-se lá entender as mulheres. Almoçámos todos juntos, ela não tocou em álcool porque ia conduzir a seguir. Eu estava confiante que ainda ia fazer o Onofre nadar naquelas águas profundas da sua rata, mas para meu enorme desapontamento, a Marta praticamente ignorou-me e despediu-se de mim com a certeza de se despedir de alguém que não irá tornar a ver: de forma educada, fria e ausente de sentimento. Senti-me sujo, usado e ofendido, desejei que aquela passarinha não visse minhoca por uns bons tempos."
quarta-feira, 1 de agosto de 2018
Clítoris: lambidela 57
A primeira lambidela a ser denunciada, o que valeu um mês de suspensão à página Zé Tó.
Foi removida da página e perdeu-se para sempre.
Oh, dear...
Foi removida da página e perdeu-se para sempre.
Oh, dear...
Clítoris: lambidela 56
" O que eu sei é que poucas vezes na minha vida fodera tanto e tão bem. Aquilo era tipo antibiótico: uma de oito em oito horas. Chegava a ser bem pior que isso. Eram em maior número as fodas que as refeições. Ela não dava mostras de se cansar daquilo e eu tinha uma natural vergonha e orgulho pessoal em lhe dar uma nega. Isso nem me passava pela cabeça, ela pagava tudo, eu era o brinquedo sexual dela naquelas férias, uma espécie de escravo de pau feito, sempre à sua disposição. Dei por mim, ao terceiro ou quarto dia, a ter consciência que mal olhava para outras mulheres. Passava os meus bocados sozinho, a caminhar praia fora, ou na toalha, estendido ao sol a lagartar. Nem por um momento tive vontade de meter conversa com algumas estrangeiras que por lá andavam. E se as havia bem boas! Nem me reconheci. Só tinha duas preocupações: recuperar para as quecas seguintes e beber o mais que conseguisse.
Talvez isto tudo soe como a descrição do paraíso na terra, mas a Paula já não ia para nova (ao segundo dia, remexi-lhe a carteira, enquanto ela estava no duche e fiquei a saber que tinha 43 anos), tinha celulite nas pernas, além de ser baixinha demais para o meu gosto, nem sequer era bonita. Valiam-lhe umas mamas ainda em boa forma e qualquer coisa nela que me dava uma tesão de cavalo, seria aquela pele macia? Se já de si era morena, com dois dias de praia, ficou com um bronzeado invejável e, como fazia topless, era um bronzeado homogéneo, que eu não me cansava de admirar. A verdade é que eu começava a ficar farto daquela rotina. Já não tinha mais nada para conversar com aquela milf e estava a enjoar de tanta queca, já não podia ver aquela pintelheira à antiga diante dos olhos, a rir-se para mim.
Estávamos nisto, quando, no dia em que fazia uma semana exacta que ali estávamos, ela me anuncia, num tom casual:
- Olha Zé Tó, ligou-me a Marta, uma amiga minha. Anda por estas zonas, convidei-a para vir cá jantar logo. Não te importas, pois não?
Que é que um gajo podia responder àquilo? Aliás, qual era a dúvida que aquela pergunta não era, em momento algum, uma pergunta? Era lógico que eu não me importava, só ficava a fazer figas para que a Marta fosse a boazona da noite em que eu conhecera a Paula. Não me lembrava do nome dela e não tive coragem de perguntar. Passei o resto do dia ansioso por conhecer a tal Marta e confirmar as minhas espectativas. A Paula ia-me falando dela, contava-me histórias de coisas que tinham feito juntas e, no meio de um longo bocejo, fiquei a saber que a tal Marta se estava a divorciar e que andava muito em baixo, motivo pelo qual decidira tirar umas férias. Aquilo prometia, mas decidi não pensar mais no assunto. Eu já tinha apanhado a Paula em longas conversas telefónicas, que dava para perceber serem com uma mulher. Pelas risadas estridentes que dava e pelo tom que empregava, percebia-se que existia uma grande intimidade entre elas. O que fosse seria, mas tive o pressentimento que aquela história trazia água no bico."
Talvez isto tudo soe como a descrição do paraíso na terra, mas a Paula já não ia para nova (ao segundo dia, remexi-lhe a carteira, enquanto ela estava no duche e fiquei a saber que tinha 43 anos), tinha celulite nas pernas, além de ser baixinha demais para o meu gosto, nem sequer era bonita. Valiam-lhe umas mamas ainda em boa forma e qualquer coisa nela que me dava uma tesão de cavalo, seria aquela pele macia? Se já de si era morena, com dois dias de praia, ficou com um bronzeado invejável e, como fazia topless, era um bronzeado homogéneo, que eu não me cansava de admirar. A verdade é que eu começava a ficar farto daquela rotina. Já não tinha mais nada para conversar com aquela milf e estava a enjoar de tanta queca, já não podia ver aquela pintelheira à antiga diante dos olhos, a rir-se para mim.
Estávamos nisto, quando, no dia em que fazia uma semana exacta que ali estávamos, ela me anuncia, num tom casual:
- Olha Zé Tó, ligou-me a Marta, uma amiga minha. Anda por estas zonas, convidei-a para vir cá jantar logo. Não te importas, pois não?
Que é que um gajo podia responder àquilo? Aliás, qual era a dúvida que aquela pergunta não era, em momento algum, uma pergunta? Era lógico que eu não me importava, só ficava a fazer figas para que a Marta fosse a boazona da noite em que eu conhecera a Paula. Não me lembrava do nome dela e não tive coragem de perguntar. Passei o resto do dia ansioso por conhecer a tal Marta e confirmar as minhas espectativas. A Paula ia-me falando dela, contava-me histórias de coisas que tinham feito juntas e, no meio de um longo bocejo, fiquei a saber que a tal Marta se estava a divorciar e que andava muito em baixo, motivo pelo qual decidira tirar umas férias. Aquilo prometia, mas decidi não pensar mais no assunto. Eu já tinha apanhado a Paula em longas conversas telefónicas, que dava para perceber serem com uma mulher. Pelas risadas estridentes que dava e pelo tom que empregava, percebia-se que existia uma grande intimidade entre elas. O que fosse seria, mas tive o pressentimento que aquela história trazia água no bico."
Clítoris: lambidela 55
"Fizémo-lo no sofá, na banca da cozinha, na cama, em pé contra a parede, a única regra parecia ser nunca repetir. Chegámos a fazê-lo na casa de banho. Eu tinha ido cagar, ela entra por lá dentro toda nua, um cheiro de fazer qualquer um desmaiar, pergunta se já acabei, digo-lhe que sim e ela puxa o autoclismo, começa a brincar com o Onofre e monta-me ali mesmo na retrete. Quando se veio, foi à vidinha dela, e eu fiquei ali a limpar o cú. Épico! A segu...ir, em jeito de agradecimento, fui atrás dela, levantei-lhe a saia, puxei-lhe o bikini para o lado e enfiei-o por trás, ela só teve tempo de pousar o copo de vinho que tinha na mão e apoiar-se numa cadeira. Vim-me o mais rápido que consegui, pus-lhe o bikini no sítio, mordisquei-lhe a orelha e sussurrei-lhe ao ouvido: 1-1. Ela sorriu, acabámos a garrafa que abríramos e a seguir fomos dar um mergulho no mar, a Paula estava a precisar de passar o bikini por água."
Clítoris: lambidela 54
"Sentou-se na cama, costas bem apoiadas na almofada, que deixou na vertical e, sem qualquer preâmbulo anunciou-me a sua ideia:
- Que me dizes a duas semanas de férias, daqui a uns dias, na costa alentejana?
A ideia não podia ser mais simples: ela passava-me uma baixa médica. Dores de costas ou algo do género. Eu não teria de me preocupar com nada, as despesas eram todas com ela. A verdade é que ela tinha as férias marcadas, só ainda não tinha um garanhão como eu. Disse-lhe que tinha de pensar no assunto, mas eu sabia que na minha cabeça já tinha dito sim, ainda ela não tinha acabado de me explicar a ideia dela. E senti que a Paula também soube que eu diria sim. Que outra coisa podia um gajo com vinte e poucos anos dizer a um convite daqueles?
Vestimo-nos, ela levou-me a casa, pelo caminho fomos falando de trivialidades. Parou o carro à porta do prédio dos meus pais. Dei-lhe um último beijo e, ao sair do carro atirei-lhe:
- Acho que vou ter de comprar uns calções de banho.
Três dias depois, entreguei uma baixa médica em mãos, com cara de quem está fartinho de sofrer, saí pela porta fora e entrei no jipe que me aguardava no estacionamento, direitinho para Odeceixe, na costa alentejana.
Ainda não tínhamos passado Lisboa e aquilo já me soava a má ideia. Aquela bajaina podia, com alguma boa vontade, passar por minha mãe. Eu ia mesmo andar duas semanas a foder com ela e a apanhar sol nos intervalos? Pensei que a alternativa seria estar fechado naquela loja de merda, a aturar todo o tipo de cretinices. Decidi não me preocupar mais. O que tivesse de ser, seria.
Mal chegámos, percebi que tudo iria correr bem. Ela reservara uma pequena vivenda germinada. Tinha um quarto com cama de casal, uma sala enorme com kitchenette e uma casa de banho. O melhor de tudo era um espaçoso terraço com vista sobre a praia. Aquilo era um luxo para mim, mas percebi que era o padrão a que ela estava habituada. A Paula era uma mulher discreta, em público agia com naturalidade, nada de mãos dadas, beijinhos ou falinhas dengosas. Intuí que queria passar a imagem de mãe divorciada, a passar uns dias de férias com o filho. Era o início de Junho, havia poucos turistas e aqueles com quem nos cruzávamos, pareciam nem reparar em nós. Aquilo era o paraíso na terra por duas semanas e eu decidi que teria de o aproveitar ao máximo.
Fodíamos como se estivéssemos em lua-de-mel. Ela tinha o tenebroso hábito de acordar cedíssimo. Enroscava-se em mim, deslizava a sua mãozinha sábia por zonas de guerra e nem cinco minutos depois estávamos a dar uma rapidinha. Depois, levantava-se feliz da vida, tomava um duche, vestia-se e saía para dar uma caminhada pela praia e tomar o pequeno-almoço algures. Tudo isto antes das nove da manhã. Eu virava-me para o outro lado e caía ferrado no sono. Como não sou otário, deixava o despertador para as onze, saltava da cama e às onze e dez já estava a fazer-lhe companhia, geralmente numa esplanada onde ela estava infalivelmente a ler o jornal do dia ou um dos calhamaços literários que levara com ela. Uma mulher incrível, aquela Paula."
- Que me dizes a duas semanas de férias, daqui a uns dias, na costa alentejana?
A ideia não podia ser mais simples: ela passava-me uma baixa médica. Dores de costas ou algo do género. Eu não teria de me preocupar com nada, as despesas eram todas com ela. A verdade é que ela tinha as férias marcadas, só ainda não tinha um garanhão como eu. Disse-lhe que tinha de pensar no assunto, mas eu sabia que na minha cabeça já tinha dito sim, ainda ela não tinha acabado de me explicar a ideia dela. E senti que a Paula também soube que eu diria sim. Que outra coisa podia um gajo com vinte e poucos anos dizer a um convite daqueles?
Vestimo-nos, ela levou-me a casa, pelo caminho fomos falando de trivialidades. Parou o carro à porta do prédio dos meus pais. Dei-lhe um último beijo e, ao sair do carro atirei-lhe:
- Acho que vou ter de comprar uns calções de banho.
Três dias depois, entreguei uma baixa médica em mãos, com cara de quem está fartinho de sofrer, saí pela porta fora e entrei no jipe que me aguardava no estacionamento, direitinho para Odeceixe, na costa alentejana.
Ainda não tínhamos passado Lisboa e aquilo já me soava a má ideia. Aquela bajaina podia, com alguma boa vontade, passar por minha mãe. Eu ia mesmo andar duas semanas a foder com ela e a apanhar sol nos intervalos? Pensei que a alternativa seria estar fechado naquela loja de merda, a aturar todo o tipo de cretinices. Decidi não me preocupar mais. O que tivesse de ser, seria.
Mal chegámos, percebi que tudo iria correr bem. Ela reservara uma pequena vivenda germinada. Tinha um quarto com cama de casal, uma sala enorme com kitchenette e uma casa de banho. O melhor de tudo era um espaçoso terraço com vista sobre a praia. Aquilo era um luxo para mim, mas percebi que era o padrão a que ela estava habituada. A Paula era uma mulher discreta, em público agia com naturalidade, nada de mãos dadas, beijinhos ou falinhas dengosas. Intuí que queria passar a imagem de mãe divorciada, a passar uns dias de férias com o filho. Era o início de Junho, havia poucos turistas e aqueles com quem nos cruzávamos, pareciam nem reparar em nós. Aquilo era o paraíso na terra por duas semanas e eu decidi que teria de o aproveitar ao máximo.
Fodíamos como se estivéssemos em lua-de-mel. Ela tinha o tenebroso hábito de acordar cedíssimo. Enroscava-se em mim, deslizava a sua mãozinha sábia por zonas de guerra e nem cinco minutos depois estávamos a dar uma rapidinha. Depois, levantava-se feliz da vida, tomava um duche, vestia-se e saía para dar uma caminhada pela praia e tomar o pequeno-almoço algures. Tudo isto antes das nove da manhã. Eu virava-me para o outro lado e caía ferrado no sono. Como não sou otário, deixava o despertador para as onze, saltava da cama e às onze e dez já estava a fazer-lhe companhia, geralmente numa esplanada onde ela estava infalivelmente a ler o jornal do dia ou um dos calhamaços literários que levara com ela. Uma mulher incrível, aquela Paula."
Clítoris: lambidela 53
"A minha “menina”, uma quarentona bem aviada, chamava-se Paula. Médica de clínica geral, divorciada recente, um filho com idade para andar a fumar charros e a comer bifes tenrinhos. Era baixinha e roliça, mamas grandes, sem serem enormes, pele muito morena, tinha o seu chamego, como dizem os brazucas. Era dona de um olhar guloso, que parecia estar sempre a querer tirar-me a roupa. Completava o conjunto um cabelo negro, encaracolado pelos ombros, muito bem cuidado, dois pequenos sinais, um em cada maça do rosto e uns dentes muito certinhos e demasiado brancos para não terem sido alvo de tratamento. Sempre que me olhava e sorria, eu imaginava-a a imaginar-nos a rebolar um no outro.
Andámos uns dias a trocar mensagens. Perguntei ao Pedrito pela boazona, mas ela não voltou a dar sinal de vida. Há gajos totós, mas outros são doutorados na área. Portanto, era só eu e a Paula na jogada. Perguntou-me se queria ir com ela ver uma peça de teatro. É claro que eu disse que sim. Era a meio da semana, uma quarta-feira, se me lembro bem. Encontrei-me com ela à porta. Aquilo começou às nove da noite, quinze minutos depois eu estava a sofrer tanto com aquela merda de peça e já só pensava que, pela lei das compensações, ela devia ser um mimo a chupar. Aguentei-me à bronca e, para minha grande surpresa e ainda maior alívio, aquilo durou uma hora certinha, às dez da noite pirámo-nos dali. Fomos directos a casa dela, um apartamento no intendente, decorado com bom gosto. Indicou-me a sala e disse para estar à vontade. Sentei-me no sofá e fiquei à espera dos desenvolvimentos. Ela abriu uma garrafa de um bom tinto e juntou-lhe dois queijos, azeitonas e batatas fritas. Foder, mas com classe, era a ideia da coisa, ou pelo menos assim me parecia. Alinhei naquilo. Ficámos ali a beber o vinho e a petiscar, sem pressas. A Paula vivia sozinha e já se habituara a isso. O filho estudava em Coimbra, era caloiro no universidade e só vinha a casa aos fins-de-semana. Fiquei a pensar que idade ela teria, ocorreu-me que eu era somente uns quatro ou cinco anos mais velho que o filho dela. Aquilo deu-me uma tesão mental fantástica. Passei-lhe a mão pela coxa, devagar, brindámos aos bons momentos da vida e ficámos na marmelada. Pelo meio, ela ia-me fazendo falar. Sempre sem qualquer pressa. Fui inventando umas e contando outras, mas acabei por lhe dizer onde trabalhava e a zona onde morava. Meio caminho andado para arranjar chatices com uma tipa que só pretendemos comer umas quantas vezes, que ninguém duvide, mas algo naquela quarentona me fez perceber que não teria o que recear. Pelo meio dos amassos e dos beijos, dei-me conta de que ela voltara a encher os copos, e quando pousou a garrafa, esta estava vazia. Quase não tínhamos comido, à parte termos depenicado uns bocados de queijo e umas quantas batatas fritas e azeitonas. Eu começava a sentir-me bêbado e adivinhei que ela com certeza não estaria melhor que eu. Fizemos mais um brinde, eu ainda não tinha acabado de pousar o copo, já ela me desapertava a braguilha. Nem um minuto depois, chupava o Onofre com nota artística. Aquela menina tinha escola e fez com que ficasse bem claro que era uma foda competente e profissional."
Andámos uns dias a trocar mensagens. Perguntei ao Pedrito pela boazona, mas ela não voltou a dar sinal de vida. Há gajos totós, mas outros são doutorados na área. Portanto, era só eu e a Paula na jogada. Perguntou-me se queria ir com ela ver uma peça de teatro. É claro que eu disse que sim. Era a meio da semana, uma quarta-feira, se me lembro bem. Encontrei-me com ela à porta. Aquilo começou às nove da noite, quinze minutos depois eu estava a sofrer tanto com aquela merda de peça e já só pensava que, pela lei das compensações, ela devia ser um mimo a chupar. Aguentei-me à bronca e, para minha grande surpresa e ainda maior alívio, aquilo durou uma hora certinha, às dez da noite pirámo-nos dali. Fomos directos a casa dela, um apartamento no intendente, decorado com bom gosto. Indicou-me a sala e disse para estar à vontade. Sentei-me no sofá e fiquei à espera dos desenvolvimentos. Ela abriu uma garrafa de um bom tinto e juntou-lhe dois queijos, azeitonas e batatas fritas. Foder, mas com classe, era a ideia da coisa, ou pelo menos assim me parecia. Alinhei naquilo. Ficámos ali a beber o vinho e a petiscar, sem pressas. A Paula vivia sozinha e já se habituara a isso. O filho estudava em Coimbra, era caloiro no universidade e só vinha a casa aos fins-de-semana. Fiquei a pensar que idade ela teria, ocorreu-me que eu era somente uns quatro ou cinco anos mais velho que o filho dela. Aquilo deu-me uma tesão mental fantástica. Passei-lhe a mão pela coxa, devagar, brindámos aos bons momentos da vida e ficámos na marmelada. Pelo meio, ela ia-me fazendo falar. Sempre sem qualquer pressa. Fui inventando umas e contando outras, mas acabei por lhe dizer onde trabalhava e a zona onde morava. Meio caminho andado para arranjar chatices com uma tipa que só pretendemos comer umas quantas vezes, que ninguém duvide, mas algo naquela quarentona me fez perceber que não teria o que recear. Pelo meio dos amassos e dos beijos, dei-me conta de que ela voltara a encher os copos, e quando pousou a garrafa, esta estava vazia. Quase não tínhamos comido, à parte termos depenicado uns bocados de queijo e umas quantas batatas fritas e azeitonas. Eu começava a sentir-me bêbado e adivinhei que ela com certeza não estaria melhor que eu. Fizemos mais um brinde, eu ainda não tinha acabado de pousar o copo, já ela me desapertava a braguilha. Nem um minuto depois, chupava o Onofre com nota artística. Aquela menina tinha escola e fez com que ficasse bem claro que era uma foda competente e profissional."
Clítoris: lambidela 52
"Tinha ido à discoteca com o Pedrito. Que será feito do gajo? Eu teria uns 22 ou 23 e naquela altura trabalhava numa grande loja de artigos de desporto e andava farto daquilo: tinha de fazer turnos, trabalhar fins-de-semana, a minha chefe era uma besta-quadrada com enorme défice de fodas bem dadas e os meus colegas uns totós de primeira. Uma meia-excepção era o Pedrito. Era da mesma idade que eu, tinha namorado uma única vez, claro está, tinha sido a... única bajaina onde tocara harmónica de beiços. Nessa noite eu estava para lá da fronteira do saudavelmente bêbado. No meio da pista, ele grita-me ao ouvido:
- Aquelas duas estão-nos a micar!
Nem perdi tempo a tirar-lhes as medidas. Fui-me aproximando, como quem quer a coisa, nada de rodriguinhos, e bichanei o primeiro piropo de que me lembrei ao ouvido da que estava mais próximo. Riu-se e respondeu-me uma parvoíce qualquer. Quando me apercebi, estávamos a apresentar-nos uns aos outros. Tive azar, aquela com quem falara era a mais velha, a mais feia e a mais mal feita de corpo. O Pedrito nem queria acreditar na sorte que estava a ter, a que lhe calhara na sopa era prato que ele não estava habituado a degustar. Parei de beber. Aquilo ia piar fino."
- Aquelas duas estão-nos a micar!
Nem perdi tempo a tirar-lhes as medidas. Fui-me aproximando, como quem quer a coisa, nada de rodriguinhos, e bichanei o primeiro piropo de que me lembrei ao ouvido da que estava mais próximo. Riu-se e respondeu-me uma parvoíce qualquer. Quando me apercebi, estávamos a apresentar-nos uns aos outros. Tive azar, aquela com quem falara era a mais velha, a mais feia e a mais mal feita de corpo. O Pedrito nem queria acreditar na sorte que estava a ter, a que lhe calhara na sopa era prato que ele não estava habituado a degustar. Parei de beber. Aquilo ia piar fino."
Clítoris: lambidela 51
"Olhava a Beatriz nos olhos e invocava Imma, que me saiu em traços irreais, como se feita de fumo. Ela contava uma história qualquer que acontecera na empresa onde ela trabalhava (demorei um bocado a perceber que “a empresa onde eu trabalho” era um eufemismo para “a empresa de que sou dona”), eu quase não a ouvia, mas ia jurar que aqueles olhos brilhavam de encontro aos meus. Demos por nós e já o Vidrinhos e a Carolina estavam na marmelada, mesmo ali... ao nosso lado. Saímos daquele bar, todos os quatro, caminhámos na direcção dos carros, eu atirei um “então e agora, onde vamos?” para o ar, ainda sem perceber que o Vidrinhos já decidira tudo. Ele ia levar a Carolina a casa, no carro dele. E a Beatriz, que trouxera a Carolina, se não se importasse, levava-me a mim.
Dei por mim enfiado num Porsche Cayenne, bêbado e com uma tesão confiante, de quem sabe que está no papo. Ela virou aqueles olhos ainda a brilhar para mim, sorriu antes de perguntar:
- Para onde, Zé Tó?
Cheguei-me a ela e dei-lhe o primeiro beijo, suave. Gostei daquele beijo. Repeti-o uma e outra vez, antes de responder:
- Para onde me quiseres levar.
Acontecia que a Beatriz sem Dra. era uma mulher casada e ir para casa dela estava fora de questão. Presumi que o meu barraco não reunia os requisitos mínimos, pelo que fomos parar a um motel junto ao jardim botânico onde passámos duas horas bem agradáveis, num enorme quarto temático, decorado como se fosse uma ilha tropical, com pétalas de rosas na cama e uma garrafa de champanhe barato que fiz questão de abrir e dar uso, em mais do que uma forma possível. Gostei daquelas mamas de silicone, além disso, a tatuagem de umas pequenas andorinhas no músculo do braço direito conferia-lhe um toque de femme fatale e, pormenor não displicente, dizia as coisas certas na hora certa. A fodinha, sem ser maravilhosa foi bastante satisfatória. É sempre bom quando as expectativas são baixas e acabam a ser superadas. Ambos soubemos que repetiríamos a dose, sem necessidade de o traduzir em palavras.
Conduzindo-me a casa, falou-me do seu casamento de merda e eu tive a oportunidade por que tanto ansiava, falei-lhe no meu emprego atrofiante e sem qualquer perspectiva do que quer que fosse. Trocámos um lânguido e longo beijo, mal estacionou à porta do meu prédio.
- Boa noite, Dra. Beatriz. Tenha bons sonhos.
- Boa noite, professor doutor Zé Tó. Talvez o consiga ajudar a mudar de vida. Ligo-lhe um destes dias, pode ser?"
Dei por mim enfiado num Porsche Cayenne, bêbado e com uma tesão confiante, de quem sabe que está no papo. Ela virou aqueles olhos ainda a brilhar para mim, sorriu antes de perguntar:
- Para onde, Zé Tó?
Cheguei-me a ela e dei-lhe o primeiro beijo, suave. Gostei daquele beijo. Repeti-o uma e outra vez, antes de responder:
- Para onde me quiseres levar.
Acontecia que a Beatriz sem Dra. era uma mulher casada e ir para casa dela estava fora de questão. Presumi que o meu barraco não reunia os requisitos mínimos, pelo que fomos parar a um motel junto ao jardim botânico onde passámos duas horas bem agradáveis, num enorme quarto temático, decorado como se fosse uma ilha tropical, com pétalas de rosas na cama e uma garrafa de champanhe barato que fiz questão de abrir e dar uso, em mais do que uma forma possível. Gostei daquelas mamas de silicone, além disso, a tatuagem de umas pequenas andorinhas no músculo do braço direito conferia-lhe um toque de femme fatale e, pormenor não displicente, dizia as coisas certas na hora certa. A fodinha, sem ser maravilhosa foi bastante satisfatória. É sempre bom quando as expectativas são baixas e acabam a ser superadas. Ambos soubemos que repetiríamos a dose, sem necessidade de o traduzir em palavras.
Conduzindo-me a casa, falou-me do seu casamento de merda e eu tive a oportunidade por que tanto ansiava, falei-lhe no meu emprego atrofiante e sem qualquer perspectiva do que quer que fosse. Trocámos um lânguido e longo beijo, mal estacionou à porta do meu prédio.
- Boa noite, Dra. Beatriz. Tenha bons sonhos.
- Boa noite, professor doutor Zé Tó. Talvez o consiga ajudar a mudar de vida. Ligo-lhe um destes dias, pode ser?"
Clítoris: lambidela 50
"Uma manhã decidi meter-me no comboio e ir à praia de carcavelos. Foi um feeling. Acordei e alguma coisa em mim me disse: hoje é o teu dia, Zé Tó.
A praia estava quase deserta. Estendi a toalha, deitei-me nela e dormitei, a sentir aquele sol maravilhoso massajar-me as costas, enquanto me deixava embalar pelo vai e vem das ondas do mar. É preciso muito pouco nesta vida para um gajo ter momentos de suprema felicidade. Quando despertei, olhei em volta e, por um instante, duvidei se não estaria ainda a sonhar. A uns vinte metros de mim, sozinha, sentada numa toalha a colocar protector solar, uma deusa colocada ali de propósito para me desorientar. Alta, um corpo perfeito, a pele branca como só a pele das mulheres do norte da europa consegue ser, um cabelo loiro a cair em caracóis até aos ombros, num dos rostos mais bonitos que eu já vira em toda a minha vida. Uma mulher perfeita. Tão perfeita que optei por quase a ignorar. Uma deusa daquelas não era para o meu bico, fora feita para uma tela de cinema. Fui tomar banho. Quando regressei à toalha, estava ela à beira da água, a molhar o pezinho a medo. Trocámos um breve olhar. Algum tempo depois, já seco, decidi que precisava de uma imperial ou duas, pelo que subi até à esplanada mais próxima. Meia hora depois, lido o jornal desportivo e com as últimas do glorioso no pensamento, paguei e abandonei a esplanada em direcção à toalha. Mal ponho o pé no passadiço de madeira, quem aparece, gelado na mão, dois metros ao meu lado, vinda da esplanada ao lado daquela onde eu estivera? Olhei-a, surpreso com a coincidência e, milagre dos milagres, eis que ela me sorri. Não deixei passar nem meio segundo:
- Hello.
- Hello.
- Are you alone?
- Yes…
- Want some company?
- Yeah, sure, why not?
Tão fácil quanto isto. Tinha-me saído um bilhete premiado na loteria. Juntei a minha toalha à dela, entabulámos uma conversa de circunstância enquanto a via a chupar aquele gelado, a imaginação com o turbo ligado no máximo. Minutos depois ela quis ir dar outro mergulho e eu fui atrás. Tal e qual como nos filmes. Beijei aquela deusa entre mergulhos no atlântico, senti aquele corpo molhado esfregar-se no meu, aquele era o dia mais feliz de toda a minha vida, eu era invencível, sentia-me um James Bond. Saímos da água a dar risadas despreocupadas, ela contando histórias engraçadas de coisas que lhe aconteceram nas férias, eu com uma tesão de metro e meio, que mal consegui disfarçar.
A coisa foi rolando, deixei andar, beijo atrás de beijo, uns amassos audazes pelo meio, nada de jogar deliberadamente ao ataque. Foi ela quem acabou com aquilo:
- Let’s go to my place. We’re more confortable there.
Levantei-me e segui-a, como em transe. Estava bêbado de felicidade. Ainda não tinha percebido bem o que estava a acontecer, já ela chamara um táxi. Quando me apanhei lá dentro, sentado ao lado daquela deusa no banco de trás, enquanto ela ditava uma morada ao taxista, caí em mim: “Zé Tó, este anjo vindo do céu quer que a faças feliz, hoje é o teu dia, meu caro. Aproveita ao máximo e não penses em mais nada”.
O mais nada significava que eu estava num táxi com uma boazona de quem sabia o nome, Imma, adivinhava que não andaria muito para além dos vinte e um e que, a acreditar no que dizia, viajava com outras duas amigas, que decidiram naquela manhã ir antes às compras. Isto bastava, eu olhava para ela, e era claro como água que não precisava de saber mais nada.
O taxista deixou-nos à porta de um prédio com bom aspecto. Aquelas meninas tinham ficado num apartamento que a malta aluga a turistas pela internet. Subimos e fiquei de boca aberta com a pinta que aquilo tinha. O senhorio, fosse lá quem fosse, tinha muito bom gosto e alugar aquilo não devia ter sido barato. Esqueci-me destes considerandos assim que ela colocou os braços à volta do meu pescoço.
Fomo-nos beijando e despindo, tudo com gestos lentos. É um déjà vu desgraçado, mas resulta na perfeição. O Onofre até doía de tão desperto que estava. Decidi ser saloio até ao fim, peguei nela ao colo e levei-a para o quarto que me indicou. Deitei-a de costas na cama, deslizei a língua por aquela maravilha da natureza, desde o pescoço até cá abaixo, à ponta dos pés. Depois subi novamente e parei na pintelheira mais bonita que já tive na boca. Um pequeno e bem aparado tufo de cabelos muito louros, encimavam uns lábios vaginais bem definidos. Aquilo era um prato gourmet a ser degustado com todo o vagar. Aquele corpo de sonho exalava um perfume inebriador, a pele dela era seda, nunca tinha tocado em nada tão suave, de um branco que enternecia o olhar e, obrigado deuses que estais no alto a velar por mim, tinha um toque de sol e mar, que me ia fazendo perder o discernimento. Os minutos em que tive aquele tesouro na boca, fizeram parar o universo, tenho a certeza absoluta disso. Beijei-a, mordisquei-a, lambi-a, dediquei-me àquele clítoris como se dele dependesse a salvação da humanidade. Sentia-a a arfar ao de leve, cada vez com mais intensidade e quis ficar ali o resto dos meus dias, mas algum tempo depois, ouvi a voz dela num sussurro que era ao mesmo tempo uma súplica e uma ordem:
- Put your fingers too…
Percebi que ela se queria vir e que o melhor que eu tinha a fazer era satisfazer-lhe os desejos. Um após outro, sem deixar nunca de brincar com aquele clítoris maroto, enfiei três dedos na gruta do tesouro. Ela arfava cada vez mais e, por fim, desatou numa berraria histérica. Teve um orgasmo de fazer inveja, molhou o lençol todo e eu lambi a mão, como se fosse um miúdo a lamber o seu gelado favorito. Fiquei a olhar para ela, a desejar conseguir vir-me como ela, daquela maneira tão plena e exuberante. Abraçámo-nos, mas eu continuava com um problema por resolver. Fiz com que ela tivesse noção disso, mas ela não deu sinais de ter o meu dilema em grande consideração. Eu comecei a perceber que só ali estava porque ela decidira que queria ser fodida e seria ela a ditar como queria que aquilo acontecesse. É o problema das deusas, estão habituadas a que nós homens, embasbacados com tanta perfeição de pernas, cús e mamas, lhes façamos as vontades todas. Decidi jogar o jogo. Aos poucos, iniciámos nova sessão de beijos e amassos. Mais uma vez, não me apressei. Ela estava a gostar, eu conseguia sentir que eu lhe agradava. Então, sem qualquer aviso, esticou a mão, abriu uma gaveta da mesinha de cabeceira, tirou um preservativo e enfiou-o no Onofre com mestria. Abriu as pernas e conduziu-o até à entrada do paraíso. Fui e vim dentro dela, tentei pensar nos meus antigos patrões, era um velho truque, para conseguir aguentar mais. Aos poucos fui redobrando a intensidade da coisa, cheguei a um ponto em que senti que não ia conseguir parar, ia-me vir dentro daquela deusa fantástica e estragar-lhe o orgasmo. Estava já resignado, quando ela, parecendo que pressentira o que iria acontecer, empurrou-me para fora dela, dizendo:
- Now i wanna go on top.
Montou-me e começou a cavalgar. Foi a minha salvação. O Onofre recuperou fôlego e tinha para mais um bom bocado. Deitado numa almofada, tive a percepção que a visão que eu tinha era a do paraíso. Sim, o paraíso só podia ser aquilo, uma mulher com um corpo perfeito, de uma beleza sem reparos, a arfar em cima de mim, masturbando-se com uma das mãos. Fechei os olhos e agradeci mentalmente a todos os deuses a fortuna que me reservaram naquele dia. Eu sabia que não merecia tanto, ninguém merecia ser assim tão feliz, ainda que por uns minutos. Quando aquele anjo louro desatou em nova berraria descontrolada, eu explodi num orgasmo glorioso, senti ondas de prazer a invadir-me o corpo de alto a baixo, desatei a rir às gargalhadas, era aquilo o nirvana, não podia ser outra coisa, vir-me ao mesmo tempo que uma deusa do amor.
Eu já adivinhara o que se passaria a seguir e estava preparado para o ouvir. Não demorou mais do que o tempo de um ou dois beijos repenicados:
- I guess my friends will arrive any minute. You’d better go now…
A grande puta do caralho. Eu já a topara, sabia que ela me descartaria assim que estivesse satisfeita. Mas o guloso em mim não conseguiu deixar de pensar em como seriam as amigas dela. Vesti-me nas calmas, a assobiar uma musiquinha do Quim Barreiros, enquanto ia deitando o olho, à cata de indícios de que as tais amigas existissem. Por fim, já pronto a sair, engoli o orgulho e tentei a minha sorte:
- Maybe we could see each other again?
- Yeah, I’m going to the beach again tomorrow. See you there, ok?
Dei-lhe um último beijo. Bye Bye, vacôncia. Nenhuma bajaina, por mais perfeita que seja, engana o Zé Tó assim tão facilmente. Se havia um sítio onde a gaja não poria os pés no dia seguinte, era naquela praia."
A praia estava quase deserta. Estendi a toalha, deitei-me nela e dormitei, a sentir aquele sol maravilhoso massajar-me as costas, enquanto me deixava embalar pelo vai e vem das ondas do mar. É preciso muito pouco nesta vida para um gajo ter momentos de suprema felicidade. Quando despertei, olhei em volta e, por um instante, duvidei se não estaria ainda a sonhar. A uns vinte metros de mim, sozinha, sentada numa toalha a colocar protector solar, uma deusa colocada ali de propósito para me desorientar. Alta, um corpo perfeito, a pele branca como só a pele das mulheres do norte da europa consegue ser, um cabelo loiro a cair em caracóis até aos ombros, num dos rostos mais bonitos que eu já vira em toda a minha vida. Uma mulher perfeita. Tão perfeita que optei por quase a ignorar. Uma deusa daquelas não era para o meu bico, fora feita para uma tela de cinema. Fui tomar banho. Quando regressei à toalha, estava ela à beira da água, a molhar o pezinho a medo. Trocámos um breve olhar. Algum tempo depois, já seco, decidi que precisava de uma imperial ou duas, pelo que subi até à esplanada mais próxima. Meia hora depois, lido o jornal desportivo e com as últimas do glorioso no pensamento, paguei e abandonei a esplanada em direcção à toalha. Mal ponho o pé no passadiço de madeira, quem aparece, gelado na mão, dois metros ao meu lado, vinda da esplanada ao lado daquela onde eu estivera? Olhei-a, surpreso com a coincidência e, milagre dos milagres, eis que ela me sorri. Não deixei passar nem meio segundo:
- Hello.
- Hello.
- Are you alone?
- Yes…
- Want some company?
- Yeah, sure, why not?
Tão fácil quanto isto. Tinha-me saído um bilhete premiado na loteria. Juntei a minha toalha à dela, entabulámos uma conversa de circunstância enquanto a via a chupar aquele gelado, a imaginação com o turbo ligado no máximo. Minutos depois ela quis ir dar outro mergulho e eu fui atrás. Tal e qual como nos filmes. Beijei aquela deusa entre mergulhos no atlântico, senti aquele corpo molhado esfregar-se no meu, aquele era o dia mais feliz de toda a minha vida, eu era invencível, sentia-me um James Bond. Saímos da água a dar risadas despreocupadas, ela contando histórias engraçadas de coisas que lhe aconteceram nas férias, eu com uma tesão de metro e meio, que mal consegui disfarçar.
A coisa foi rolando, deixei andar, beijo atrás de beijo, uns amassos audazes pelo meio, nada de jogar deliberadamente ao ataque. Foi ela quem acabou com aquilo:
- Let’s go to my place. We’re more confortable there.
Levantei-me e segui-a, como em transe. Estava bêbado de felicidade. Ainda não tinha percebido bem o que estava a acontecer, já ela chamara um táxi. Quando me apanhei lá dentro, sentado ao lado daquela deusa no banco de trás, enquanto ela ditava uma morada ao taxista, caí em mim: “Zé Tó, este anjo vindo do céu quer que a faças feliz, hoje é o teu dia, meu caro. Aproveita ao máximo e não penses em mais nada”.
O mais nada significava que eu estava num táxi com uma boazona de quem sabia o nome, Imma, adivinhava que não andaria muito para além dos vinte e um e que, a acreditar no que dizia, viajava com outras duas amigas, que decidiram naquela manhã ir antes às compras. Isto bastava, eu olhava para ela, e era claro como água que não precisava de saber mais nada.
O taxista deixou-nos à porta de um prédio com bom aspecto. Aquelas meninas tinham ficado num apartamento que a malta aluga a turistas pela internet. Subimos e fiquei de boca aberta com a pinta que aquilo tinha. O senhorio, fosse lá quem fosse, tinha muito bom gosto e alugar aquilo não devia ter sido barato. Esqueci-me destes considerandos assim que ela colocou os braços à volta do meu pescoço.
Fomo-nos beijando e despindo, tudo com gestos lentos. É um déjà vu desgraçado, mas resulta na perfeição. O Onofre até doía de tão desperto que estava. Decidi ser saloio até ao fim, peguei nela ao colo e levei-a para o quarto que me indicou. Deitei-a de costas na cama, deslizei a língua por aquela maravilha da natureza, desde o pescoço até cá abaixo, à ponta dos pés. Depois subi novamente e parei na pintelheira mais bonita que já tive na boca. Um pequeno e bem aparado tufo de cabelos muito louros, encimavam uns lábios vaginais bem definidos. Aquilo era um prato gourmet a ser degustado com todo o vagar. Aquele corpo de sonho exalava um perfume inebriador, a pele dela era seda, nunca tinha tocado em nada tão suave, de um branco que enternecia o olhar e, obrigado deuses que estais no alto a velar por mim, tinha um toque de sol e mar, que me ia fazendo perder o discernimento. Os minutos em que tive aquele tesouro na boca, fizeram parar o universo, tenho a certeza absoluta disso. Beijei-a, mordisquei-a, lambi-a, dediquei-me àquele clítoris como se dele dependesse a salvação da humanidade. Sentia-a a arfar ao de leve, cada vez com mais intensidade e quis ficar ali o resto dos meus dias, mas algum tempo depois, ouvi a voz dela num sussurro que era ao mesmo tempo uma súplica e uma ordem:
- Put your fingers too…
Percebi que ela se queria vir e que o melhor que eu tinha a fazer era satisfazer-lhe os desejos. Um após outro, sem deixar nunca de brincar com aquele clítoris maroto, enfiei três dedos na gruta do tesouro. Ela arfava cada vez mais e, por fim, desatou numa berraria histérica. Teve um orgasmo de fazer inveja, molhou o lençol todo e eu lambi a mão, como se fosse um miúdo a lamber o seu gelado favorito. Fiquei a olhar para ela, a desejar conseguir vir-me como ela, daquela maneira tão plena e exuberante. Abraçámo-nos, mas eu continuava com um problema por resolver. Fiz com que ela tivesse noção disso, mas ela não deu sinais de ter o meu dilema em grande consideração. Eu comecei a perceber que só ali estava porque ela decidira que queria ser fodida e seria ela a ditar como queria que aquilo acontecesse. É o problema das deusas, estão habituadas a que nós homens, embasbacados com tanta perfeição de pernas, cús e mamas, lhes façamos as vontades todas. Decidi jogar o jogo. Aos poucos, iniciámos nova sessão de beijos e amassos. Mais uma vez, não me apressei. Ela estava a gostar, eu conseguia sentir que eu lhe agradava. Então, sem qualquer aviso, esticou a mão, abriu uma gaveta da mesinha de cabeceira, tirou um preservativo e enfiou-o no Onofre com mestria. Abriu as pernas e conduziu-o até à entrada do paraíso. Fui e vim dentro dela, tentei pensar nos meus antigos patrões, era um velho truque, para conseguir aguentar mais. Aos poucos fui redobrando a intensidade da coisa, cheguei a um ponto em que senti que não ia conseguir parar, ia-me vir dentro daquela deusa fantástica e estragar-lhe o orgasmo. Estava já resignado, quando ela, parecendo que pressentira o que iria acontecer, empurrou-me para fora dela, dizendo:
- Now i wanna go on top.
Montou-me e começou a cavalgar. Foi a minha salvação. O Onofre recuperou fôlego e tinha para mais um bom bocado. Deitado numa almofada, tive a percepção que a visão que eu tinha era a do paraíso. Sim, o paraíso só podia ser aquilo, uma mulher com um corpo perfeito, de uma beleza sem reparos, a arfar em cima de mim, masturbando-se com uma das mãos. Fechei os olhos e agradeci mentalmente a todos os deuses a fortuna que me reservaram naquele dia. Eu sabia que não merecia tanto, ninguém merecia ser assim tão feliz, ainda que por uns minutos. Quando aquele anjo louro desatou em nova berraria descontrolada, eu explodi num orgasmo glorioso, senti ondas de prazer a invadir-me o corpo de alto a baixo, desatei a rir às gargalhadas, era aquilo o nirvana, não podia ser outra coisa, vir-me ao mesmo tempo que uma deusa do amor.
Eu já adivinhara o que se passaria a seguir e estava preparado para o ouvir. Não demorou mais do que o tempo de um ou dois beijos repenicados:
- I guess my friends will arrive any minute. You’d better go now…
A grande puta do caralho. Eu já a topara, sabia que ela me descartaria assim que estivesse satisfeita. Mas o guloso em mim não conseguiu deixar de pensar em como seriam as amigas dela. Vesti-me nas calmas, a assobiar uma musiquinha do Quim Barreiros, enquanto ia deitando o olho, à cata de indícios de que as tais amigas existissem. Por fim, já pronto a sair, engoli o orgulho e tentei a minha sorte:
- Maybe we could see each other again?
- Yeah, I’m going to the beach again tomorrow. See you there, ok?
Dei-lhe um último beijo. Bye Bye, vacôncia. Nenhuma bajaina, por mais perfeita que seja, engana o Zé Tó assim tão facilmente. Se havia um sítio onde a gaja não poria os pés no dia seguinte, era naquela praia."
Clítoris: lambidela 49
"Aconteceu numa noite de bebedeira. Era Janeiro ou talvez Fevereiro, sei que estava um frio do caralho. Eu e o Vidrinhos num bar algures, roda no ar, prego a fundo. Eu estava por tudo, queria uma pimpolha a humedecer-se por mim e se tudo corresse mal, tinha um plano b definido: ligar à Fátima, companheira de liceu, puta por acidente de percurso.
- Não olhes agora, Zé Tó, mas dois metros atrás de ti está uma cliente minha mais uma amiga.
- É boa?...
- Não, é só rica. Mas tem ar de quem fode a noite inteira. E paga, se for preciso.
- Disseste as palavras mágicas, pila mole. Tens de a ir cumprimentar, senão fica mal.
- Ganha juízo, tem quase idade para ser tua mãe.
- Melhor ainda!
Nem um minuto depois, estava o gajo a dar-lhe dois beijinhos e a apresentar-ma em seguida:
- Zé Tó, a Dra. Beatriz, a minha cliente favorita.
Aquele cabrão não perdia uma oportunidade para dar graxa, nem mesmo podre de bêbado.
- Sem o Dra., por favor. Muito prazer.
A Beatriz sem Dra. era uma quarentona gasta, um pouco mais de quarenta e cinco anos, perna curta e grossa, rabo grande, peito generoso e perfeito, que não deve ter ficado nada barato e longos cabelos negros, que lhe caíam a direito. Tinha um sinal por cima dos lábios, que ajudava ao ar de fodilhona que exalava. O tipo de mulher que eu comeria de bom grado bêbado como estava, mas que me envergonharia de morte de ser visto com durante o dia. A amiga, uma loira falsa de nome Carolina, compensava todo aquele quadro negro. Uns anos mais nova, um bom bocado mais alta, bem mais magra, um rabo de fazer inveja a muita miúda bicho de ginásio, era uma perdição vista de trás e de frente não deixava de ter os seus encantos. Uns dentes todos tortos e umas rugas marotas a fugirem-lhe dos olhos não seriam motivo suficiente para tirar a tesão a um gajo que se preze.
Embora um bom bocado mais sóbrias que nós, estavam ambas de muito bem com a vida e cheias de vontade de serem felizes. Colámos os quatro e pouco depois sentámo-nos a uma mesa recatada. Por motivos óbvios mas com bastante pena, deixei a Carolina entregue ao Vidrinhos. A conversa foi-se desenvolvendo e em poucos minutos ficou claro para mim que aquilo ia dar merda. Os olhinhos de predador que aquela milf deitava ao pobre coitado do Vidrinhos, evidenciavam que ia haver festa. Aquelas duas cheiravam a cio e nós aparecemos no sítio certo à hora certa. Deixei a coisa correr. Fui puxando a conversa para onde mais me interessava, sempre que conseguia. Ficou bastante claro que dinheiro era o nome do meio daquelas duas. Talvez não abone muito a meu favor, mas a esta distância, não me custa confessar que foi isso que desequilibrou a coisa. Quis apresentar o Onofre à Beatriz sem Dra. Quis ver o que aquilo tinha para me oferecer, além de uma bajaina recessa. Quem sabe não vinha dali uma gorjeta choruda, em forma de presentes caros ou um cheque simpático?"
- Não olhes agora, Zé Tó, mas dois metros atrás de ti está uma cliente minha mais uma amiga.
- É boa?...
- Não, é só rica. Mas tem ar de quem fode a noite inteira. E paga, se for preciso.
- Disseste as palavras mágicas, pila mole. Tens de a ir cumprimentar, senão fica mal.
- Ganha juízo, tem quase idade para ser tua mãe.
- Melhor ainda!
Nem um minuto depois, estava o gajo a dar-lhe dois beijinhos e a apresentar-ma em seguida:
- Zé Tó, a Dra. Beatriz, a minha cliente favorita.
Aquele cabrão não perdia uma oportunidade para dar graxa, nem mesmo podre de bêbado.
- Sem o Dra., por favor. Muito prazer.
A Beatriz sem Dra. era uma quarentona gasta, um pouco mais de quarenta e cinco anos, perna curta e grossa, rabo grande, peito generoso e perfeito, que não deve ter ficado nada barato e longos cabelos negros, que lhe caíam a direito. Tinha um sinal por cima dos lábios, que ajudava ao ar de fodilhona que exalava. O tipo de mulher que eu comeria de bom grado bêbado como estava, mas que me envergonharia de morte de ser visto com durante o dia. A amiga, uma loira falsa de nome Carolina, compensava todo aquele quadro negro. Uns anos mais nova, um bom bocado mais alta, bem mais magra, um rabo de fazer inveja a muita miúda bicho de ginásio, era uma perdição vista de trás e de frente não deixava de ter os seus encantos. Uns dentes todos tortos e umas rugas marotas a fugirem-lhe dos olhos não seriam motivo suficiente para tirar a tesão a um gajo que se preze.
Embora um bom bocado mais sóbrias que nós, estavam ambas de muito bem com a vida e cheias de vontade de serem felizes. Colámos os quatro e pouco depois sentámo-nos a uma mesa recatada. Por motivos óbvios mas com bastante pena, deixei a Carolina entregue ao Vidrinhos. A conversa foi-se desenvolvendo e em poucos minutos ficou claro para mim que aquilo ia dar merda. Os olhinhos de predador que aquela milf deitava ao pobre coitado do Vidrinhos, evidenciavam que ia haver festa. Aquelas duas cheiravam a cio e nós aparecemos no sítio certo à hora certa. Deixei a coisa correr. Fui puxando a conversa para onde mais me interessava, sempre que conseguia. Ficou bastante claro que dinheiro era o nome do meio daquelas duas. Talvez não abone muito a meu favor, mas a esta distância, não me custa confessar que foi isso que desequilibrou a coisa. Quis apresentar o Onofre à Beatriz sem Dra. Quis ver o que aquilo tinha para me oferecer, além de uma bajaina recessa. Quem sabe não vinha dali uma gorjeta choruda, em forma de presentes caros ou um cheque simpático?"
Clítoris: lambidela 48
Clítoris. P(B)osta nr 48:
"Alguns dias depois tinha passado no exame de código. Decidi que aquilo merecia ramboia. Num gesto romântico, à século XIX, meti um bilhetinho por baixo da porta à patrocinadora oficial da minha carta de condução: “Passei no código, princesa, para a semana começo a atropelar velhinhas. Adoro-te”. Se o mundo fosse justo, uma coisa destas deveria dar direito a uns mimos, mas não tive ilusões quanto a isso. Desci à Doçuras, para aconchegar o estômago em pastéis cheios de cremes do demónio e fez-se-me luz: havia algum tempo que não via a sopeira da Susana por ali. Perguntei por ela à gorda que me atendeu.
- A sua amiguinha já não trabalha cá – começou a gorda, cheia de malícia na voz - O namoradinho arranjou-lhe um emprego como secretária numa fábrica. Ouvi dizer que estão para casar.
Que raio de mundo este. Mas quem é o gajo com dois dedos de testa que se apaixona por uma básica daquelas e, desgraça das desgraças, decide casar com ela? Há mesmo gente para tudo, vade retro satanás.
Fiz por esquecer a Susana e acabei a constatar que havia já alguns meses que não tinha um bajaina à disposição onde estacionar o Onofre por umas horas. Ninguém a quem pudesse ligar com voz melosa e que estivesse na disposição de ser feliz com pouca ou nenhuma roupa. Tinha de rever aquilo, arranjar uma espécie de namorada o quanto antes. Entretanto, recorri ao plano de emergência: liguei à Fátima.
- Ainda há uns minutos pensei em ti, rei da tesão!
- Tudo saudades, princesa?
- Estou a pensar rogar-te uma praga. Arranjaste-me um chato do caraças. O teu amigo Adérito não me larga, está perdidamente apaixonado.
- Que tens tu contra o amor, princesa?
- Quando vem com uma boa gorjeta, absolutamente nada, meu rei.
Contei-lhe as minhas novidades. Ela não fazia a mínima ideia que eu conduzia há anos sem carta, durante um longo minuto não conseguiu parar de rir às gargalhadas, depois lá acalmou e disse:
- Passa por cá, temos de comemorar. Até te vou fazer uma surpresa, sempre tive um fraquinho por gajos chanfrados dos cornos.
Cheguei a casa dela alcoolicamente em ponto de caramelo e deu para perceber, mal me abriu a porta, que a Fátima também já estava bem acesa. Fomos direitos ao sofá da sala, ela preparou dois gins e eu fiz um charro king size. Às primeiras passas, pegou-me nas mãos e anunciou:
- Fecha os olhos, está na hora de conheceres a tua surpresa.
Conduziu-me até ao quarto, obrigando-me a manter os olhos fechados e os braços esticados. Mal entrei, dei dois ou três passos e as minhas mãos abertas tocaram num par de mamas que soube instintivamente pertencerem à Evita. Pagou-as, são dela. Elas riram-se as duas, gritando em uníssono:
- Surpresa!
A Evita estava toda nua, deu uma longa passa no charro que a Fátima lhe passou, ajoelhou-se à minha frente e pôs-me mais à vontade, começando por me tirar os sapatos.
Seguiu-se uma desbunda das boas, mesmo daquelas muito boas, diria que a ocasião não merecia tanto, nunca uma passagem no exame de código deve ter sido tão efusivamente comemorada por um ser humano. No meio do álcool e dos charros tive suficiente clarividência para perceber que aquelas duas donzelas eram putas requintadas durante o horário de expediente, pelo que não me preocupei com orgasmos alheios, a felicidade delas pouco ali importava. Ainda assim, fiz por não desmerecer toda a sua atenção e carinho e dei tudo o que tinha e, lá mais para o fim, já estava a dar o que já não tinha.
Quando acabaram de me secar os tomates, estávamos tão bêbados e passados que já nem percebíamos quem beijava quem, quem apalpava o quê, onde entravam dedos e a quem pertenciam, os nossos corpos tinham dado um nó impossível de desatar. A Fátima foi quem desfez aquela embrulhada de braços, pernas, cus e mamas. Enfiou-se na casa de banho, ouvi primeiro o esguicho barulhento de uma longa mijadela e logo a seguir o atroz som de um vómito daqueles de arrancar pulmões ao corpo. Eu fiquei à rasquinha e vendo que a coisa ia demorar, abri a janela do quarto, empoleirei-me e fiz uma mijinha cheia de sentimento dali para a rua, o final perfeito para umas horinhas de fodinha a três.
Dormimos na mesma cama, apesar de haver outro quarto naquele apartamento. Acordámos ao início da tarde seguinte, a Evita estrelou uns ovos, fez café e torrou pão, uma mulher prendada e casadoira, foi pena ter dado em puta. Comíamos os três, nas calmas, a fim de combater as ressacas e as dores no corpo, quando, do nada, ela dispara:
- Quando é que me arranjas um velho rico como o da Fatinha?
- Com esse corpinho pecaminoso, só tens de estalar os dedos para formares uma fila à porta pior que as do centro de emprego, princesa."
"Alguns dias depois tinha passado no exame de código. Decidi que aquilo merecia ramboia. Num gesto romântico, à século XIX, meti um bilhetinho por baixo da porta à patrocinadora oficial da minha carta de condução: “Passei no código, princesa, para a semana começo a atropelar velhinhas. Adoro-te”. Se o mundo fosse justo, uma coisa destas deveria dar direito a uns mimos, mas não tive ilusões quanto a isso. Desci à Doçuras, para aconchegar o estômago em pastéis cheios de cremes do demónio e fez-se-me luz: havia algum tempo que não via a sopeira da Susana por ali. Perguntei por ela à gorda que me atendeu.
- A sua amiguinha já não trabalha cá – começou a gorda, cheia de malícia na voz - O namoradinho arranjou-lhe um emprego como secretária numa fábrica. Ouvi dizer que estão para casar.
Que raio de mundo este. Mas quem é o gajo com dois dedos de testa que se apaixona por uma básica daquelas e, desgraça das desgraças, decide casar com ela? Há mesmo gente para tudo, vade retro satanás.
Fiz por esquecer a Susana e acabei a constatar que havia já alguns meses que não tinha um bajaina à disposição onde estacionar o Onofre por umas horas. Ninguém a quem pudesse ligar com voz melosa e que estivesse na disposição de ser feliz com pouca ou nenhuma roupa. Tinha de rever aquilo, arranjar uma espécie de namorada o quanto antes. Entretanto, recorri ao plano de emergência: liguei à Fátima.
- Ainda há uns minutos pensei em ti, rei da tesão!
- Tudo saudades, princesa?
- Estou a pensar rogar-te uma praga. Arranjaste-me um chato do caraças. O teu amigo Adérito não me larga, está perdidamente apaixonado.
- Que tens tu contra o amor, princesa?
- Quando vem com uma boa gorjeta, absolutamente nada, meu rei.
Contei-lhe as minhas novidades. Ela não fazia a mínima ideia que eu conduzia há anos sem carta, durante um longo minuto não conseguiu parar de rir às gargalhadas, depois lá acalmou e disse:
- Passa por cá, temos de comemorar. Até te vou fazer uma surpresa, sempre tive um fraquinho por gajos chanfrados dos cornos.
Cheguei a casa dela alcoolicamente em ponto de caramelo e deu para perceber, mal me abriu a porta, que a Fátima também já estava bem acesa. Fomos direitos ao sofá da sala, ela preparou dois gins e eu fiz um charro king size. Às primeiras passas, pegou-me nas mãos e anunciou:
- Fecha os olhos, está na hora de conheceres a tua surpresa.
Conduziu-me até ao quarto, obrigando-me a manter os olhos fechados e os braços esticados. Mal entrei, dei dois ou três passos e as minhas mãos abertas tocaram num par de mamas que soube instintivamente pertencerem à Evita. Pagou-as, são dela. Elas riram-se as duas, gritando em uníssono:
- Surpresa!
A Evita estava toda nua, deu uma longa passa no charro que a Fátima lhe passou, ajoelhou-se à minha frente e pôs-me mais à vontade, começando por me tirar os sapatos.
Seguiu-se uma desbunda das boas, mesmo daquelas muito boas, diria que a ocasião não merecia tanto, nunca uma passagem no exame de código deve ter sido tão efusivamente comemorada por um ser humano. No meio do álcool e dos charros tive suficiente clarividência para perceber que aquelas duas donzelas eram putas requintadas durante o horário de expediente, pelo que não me preocupei com orgasmos alheios, a felicidade delas pouco ali importava. Ainda assim, fiz por não desmerecer toda a sua atenção e carinho e dei tudo o que tinha e, lá mais para o fim, já estava a dar o que já não tinha.
Quando acabaram de me secar os tomates, estávamos tão bêbados e passados que já nem percebíamos quem beijava quem, quem apalpava o quê, onde entravam dedos e a quem pertenciam, os nossos corpos tinham dado um nó impossível de desatar. A Fátima foi quem desfez aquela embrulhada de braços, pernas, cus e mamas. Enfiou-se na casa de banho, ouvi primeiro o esguicho barulhento de uma longa mijadela e logo a seguir o atroz som de um vómito daqueles de arrancar pulmões ao corpo. Eu fiquei à rasquinha e vendo que a coisa ia demorar, abri a janela do quarto, empoleirei-me e fiz uma mijinha cheia de sentimento dali para a rua, o final perfeito para umas horinhas de fodinha a três.
Dormimos na mesma cama, apesar de haver outro quarto naquele apartamento. Acordámos ao início da tarde seguinte, a Evita estrelou uns ovos, fez café e torrou pão, uma mulher prendada e casadoira, foi pena ter dado em puta. Comíamos os três, nas calmas, a fim de combater as ressacas e as dores no corpo, quando, do nada, ela dispara:
- Quando é que me arranjas um velho rico como o da Fatinha?
- Com esse corpinho pecaminoso, só tens de estalar os dedos para formares uma fila à porta pior que as do centro de emprego, princesa."
Clítoris: lambidela 47
"Inscrevi-me na escola de condução logo na semana seguinte. Era o meu segredo para a humanidade, a começar pelos meus pais e a acabar no Vidrinhos. Passei as últimas noites de 2017 a estudar o código. Decorei aquela merda toda e fiz uma montanha de testes. Rapidamente apanhei os truques àquilo e marquei o exame o mais cedo que consegui, que foi nos primeiros dias de Janeiro. Estava tão embrenhado naquela treta que acabei a facilitar nas coisas import...antes da vida. Passei outro natal sozinho com os meus velhotes, trouxe tupperwares atulhados de comida e sobremesas que deram para me alimentar quase até 2018. Na passagem de ano fui com o Vidrinhos a uma festa algures em Santos, num apartamento enorme de alguém que ele conhecia. Lembro-me que à meia-noite ainda sabia onde estava, mas a partir daí é uma nebulosa total. Vomitei tanto que fiquei com medo de terem saído peças que me fizessem falta cá dentro. Eu estava a precisar de perder uns quilitos e aquilo era um método eficiente e com resultados imediatos.
Acordei, já era noite lá fora e quase horas de jantar. Percebi que tinha cometido um erro de principiante, era 1 de Janeiro, as merdas estavam todas fechadas, aquela ressaca ia dar luta. Enfiei-me no duche e rezei para ainda ter umas latas por abrir em casa. Correu bem. Atum e ovos estrelados, com pão torrado com manteiga de entrada. Um café capaz de meter um touro a marrar dois dias seguidos e fiquei novinho em folha, zero quilómetros, pronto a estrear.
Sentei-me no sofá, abri uma mini para olear os pensamentos e delineei mentalmente os planos para aquele novo ano. Tirar a carta. Mudar de emprego. Escrever esta merda de espécie de diário. Comer o mais número de gajas possível. Comemorar os 30 anos com uma festa de arromba. Começar a ganhar juízo nos cornos. Pareceu-me francamente razoável. Tudo objectivos concretizáveis, excepto talvez o último."
Acordei, já era noite lá fora e quase horas de jantar. Percebi que tinha cometido um erro de principiante, era 1 de Janeiro, as merdas estavam todas fechadas, aquela ressaca ia dar luta. Enfiei-me no duche e rezei para ainda ter umas latas por abrir em casa. Correu bem. Atum e ovos estrelados, com pão torrado com manteiga de entrada. Um café capaz de meter um touro a marrar dois dias seguidos e fiquei novinho em folha, zero quilómetros, pronto a estrear.
Sentei-me no sofá, abri uma mini para olear os pensamentos e delineei mentalmente os planos para aquele novo ano. Tirar a carta. Mudar de emprego. Escrever esta merda de espécie de diário. Comer o mais número de gajas possível. Comemorar os 30 anos com uma festa de arromba. Começar a ganhar juízo nos cornos. Pareceu-me francamente razoável. Tudo objectivos concretizáveis, excepto talvez o último."
Clítoris: lambidela 46
"Eu tinha ido matar saudades da Fátima. Foi uns tempos depois de ter acabado com a Marlene. A Cláudia fora de férias à rico para uma ilha paradisíaca com uns amigos e o Onofre andava ressentido de tanta punheta. Como se costuma dizer, os amigos são para as ocasiões e a Fátima e o Onofre, desde que se reencontraram, tinham-se tornado bons amigos. Eu tinha ido ter com ela a seguir a uma noite de copos sem história, para não lhe atrapalhar o horário de trabalho. Levei os charros, o gin era por conta dela. A ideia era passar lá a noite, por isso começámos por beber e fumar até tudo andar à roda à nossa volta e só depois tratámos dos orgasmos, e sou menino para jurar a pés juntos que acabaram por acontecer.
Acordei tão ressacado que me deixei cair da cama e fui chão fora a gatinhar até à casa de banho, onde a muito custo me meti debaixo do chuveiro. Foi ali, a levar com água morna nos cornos que somei dois mais dois: o Adérito fazia anos dali a uma semana, eu tinha combinado que passava lá em casa e, como andava enjoado até quase à náusea daquelas gémeas gordas e viscosas, decidi que o ia levar à Fátima. Mal consegui articular os pensamentos e transformá-los em palavras com sentido, expliquei-lhe o meu plano: ela arranjava uma amiga e combinávamos uma festa privada. A Fátima ficava com o Adérito e eu com a amiga. O resto era com ela. Esforçando-se o suficiente, tinha ali um cliente para lhe deixar umas gorjetas generosas. Ela ouviu tudo com atenção e concordou logo, sem hesitar um segundo. Quando nos despedimos, sorriu-me e perguntou:
- Preferes loira ou morena?
- Uma com uma pombinha de ouro, como tu.
Disse ao Adérito que lhe ia apresentar umas amigas, o gajo alinhou e eu tratei de tudo. Tive o pressentimento que as coisas iam correr bem. Eu já tinha comido ambas as gémeas e ficavam a uma boa milha da competência fodestória da Fátima. É bem certo que nisto da bajaina há gostos para tudo, mas sentia que ele ia gostar da minha prenda.
Cravei o carro ao Vidrinhos e, no dia combinado, fui jantar a casa do Adérito. Duas horas depois, entrámos no carro a cantar o fado, eu conduzi meio ao sabor do vento mas lá cheguei onde queria. Mal entrámos deu para perceber que a Fátima se tinha esforçado, o apartamento estava limpo de cima a baixo, a sala com a luz ideal e havia uma música romântica a tocar de fundo, a convidar a um pezinho de dança. As apresentações foram feitas, a amiga dela era uma toira morena com o corpo cheio de tatuagens mas, de alguma forma, tinham bom gosto e não eram demasiado. Lembro-me de ter pensado que uma mulher com um corpo daqueles, que exalava sexo por todos os poros, só podia ter dado em puta. Disse que se chamava Evita e era de um qualquer país de Leste. Alta, magra, com umas mamas compradas e algo exageradas e uns lábios cheios de botox. Bebemos um gin para quebrar o gelo e começámos a dançar. A Fátima tinha-se agarrado logo ao Adérito, nem lhe deu a oportunidade de escolher aquele animal sexual que eu tinha nos braços. O gajo não pareceu importar-se minimamente e tudo estava bem no universo. Mais dança menos dança, a coisa foi ficando cada vez mais intensa, apalpa aqui, apalpa acolá, eu e a Evita fomos os primeiros a bater em retirada. Foi uma fodinha gloriosa, tão gloriosa quanto consegue ser uma foda com uma puta que, como é óbvio, só está ali por amor. Voltámos para a sala e eu nunca tinha visto o Adérito com os olhos tão arregalados. Estava visivelmente feliz e mais ficou quando aquelas tolas tiraram um pequeno bolo do frigorífico e lhe cantaram os parabéns. Brindámos com champanhe, comemos uma fatia de bolo, voltámos a dançar e quando elas calcularam que o pobre velhote já tinha tido tempo de se recompor, levaram-no as duas pela mão e dedicaram-lhe uma serenata de lábios, deixando-me ali no sofá da sala, a acabar a garrafa de champanhe. Brindei comigo mesmo, certo de que a noite tinha sido um sucesso. A brincadeira não me ficara barata, mas encarei aquilo como um investimento no futuro e um favor que fazia a uma amiga do peito, ou do pito, talvez seja o mais correcto. A dada altura, a curiosidade foi mais forte e pus-me a espreitar pela porta. O que vi deu umas cócegas terríveis ao Onofre. Quando voltaram à sala, o pobre do Onofre estava feito num farrapo. Fizemos um novo brinde, dançámos mais um pouco, desta vez íamos trocando de par. Eu tinha um problema sério entre as pernas por resolver e fiz vê-lo à Evita, que se prontificou a tratar do assunto. Voltámos ao quarto e menos de trinta segundos depois já eu lhe enfiava o Onofre por trás, com toda a ganância, carregando no acelerador a fundo. Dei-lhe uma fodinha à coelho e vim-me em menos de dois minutos, que era o que ambos queríamos que acontecesse.
No regresso a casa, passava das quatro da manhã, o Adérito, podre de bêbado e de felicidade, agradeceu-me umas vinte vezes a noite que lhe proporcionei. Estava chato como nunca o vira e foi um enorme alívio deixá-lo à porta de casa e conduzir de volta à minha.
Se eu sabia que a noite tinha corrido bem, tive a confirmação disso mesmo alguns dias depois. A Fátima ligou-me para me confidenciar que o Adérito a tinha voltado a visitar. Pela gorjeta que lhe deixara, não podia haver dúvidas de que tinha ficado encantado. Love is in the air!"
Acordei tão ressacado que me deixei cair da cama e fui chão fora a gatinhar até à casa de banho, onde a muito custo me meti debaixo do chuveiro. Foi ali, a levar com água morna nos cornos que somei dois mais dois: o Adérito fazia anos dali a uma semana, eu tinha combinado que passava lá em casa e, como andava enjoado até quase à náusea daquelas gémeas gordas e viscosas, decidi que o ia levar à Fátima. Mal consegui articular os pensamentos e transformá-los em palavras com sentido, expliquei-lhe o meu plano: ela arranjava uma amiga e combinávamos uma festa privada. A Fátima ficava com o Adérito e eu com a amiga. O resto era com ela. Esforçando-se o suficiente, tinha ali um cliente para lhe deixar umas gorjetas generosas. Ela ouviu tudo com atenção e concordou logo, sem hesitar um segundo. Quando nos despedimos, sorriu-me e perguntou:
- Preferes loira ou morena?
- Uma com uma pombinha de ouro, como tu.
Disse ao Adérito que lhe ia apresentar umas amigas, o gajo alinhou e eu tratei de tudo. Tive o pressentimento que as coisas iam correr bem. Eu já tinha comido ambas as gémeas e ficavam a uma boa milha da competência fodestória da Fátima. É bem certo que nisto da bajaina há gostos para tudo, mas sentia que ele ia gostar da minha prenda.
Cravei o carro ao Vidrinhos e, no dia combinado, fui jantar a casa do Adérito. Duas horas depois, entrámos no carro a cantar o fado, eu conduzi meio ao sabor do vento mas lá cheguei onde queria. Mal entrámos deu para perceber que a Fátima se tinha esforçado, o apartamento estava limpo de cima a baixo, a sala com a luz ideal e havia uma música romântica a tocar de fundo, a convidar a um pezinho de dança. As apresentações foram feitas, a amiga dela era uma toira morena com o corpo cheio de tatuagens mas, de alguma forma, tinham bom gosto e não eram demasiado. Lembro-me de ter pensado que uma mulher com um corpo daqueles, que exalava sexo por todos os poros, só podia ter dado em puta. Disse que se chamava Evita e era de um qualquer país de Leste. Alta, magra, com umas mamas compradas e algo exageradas e uns lábios cheios de botox. Bebemos um gin para quebrar o gelo e começámos a dançar. A Fátima tinha-se agarrado logo ao Adérito, nem lhe deu a oportunidade de escolher aquele animal sexual que eu tinha nos braços. O gajo não pareceu importar-se minimamente e tudo estava bem no universo. Mais dança menos dança, a coisa foi ficando cada vez mais intensa, apalpa aqui, apalpa acolá, eu e a Evita fomos os primeiros a bater em retirada. Foi uma fodinha gloriosa, tão gloriosa quanto consegue ser uma foda com uma puta que, como é óbvio, só está ali por amor. Voltámos para a sala e eu nunca tinha visto o Adérito com os olhos tão arregalados. Estava visivelmente feliz e mais ficou quando aquelas tolas tiraram um pequeno bolo do frigorífico e lhe cantaram os parabéns. Brindámos com champanhe, comemos uma fatia de bolo, voltámos a dançar e quando elas calcularam que o pobre velhote já tinha tido tempo de se recompor, levaram-no as duas pela mão e dedicaram-lhe uma serenata de lábios, deixando-me ali no sofá da sala, a acabar a garrafa de champanhe. Brindei comigo mesmo, certo de que a noite tinha sido um sucesso. A brincadeira não me ficara barata, mas encarei aquilo como um investimento no futuro e um favor que fazia a uma amiga do peito, ou do pito, talvez seja o mais correcto. A dada altura, a curiosidade foi mais forte e pus-me a espreitar pela porta. O que vi deu umas cócegas terríveis ao Onofre. Quando voltaram à sala, o pobre do Onofre estava feito num farrapo. Fizemos um novo brinde, dançámos mais um pouco, desta vez íamos trocando de par. Eu tinha um problema sério entre as pernas por resolver e fiz vê-lo à Evita, que se prontificou a tratar do assunto. Voltámos ao quarto e menos de trinta segundos depois já eu lhe enfiava o Onofre por trás, com toda a ganância, carregando no acelerador a fundo. Dei-lhe uma fodinha à coelho e vim-me em menos de dois minutos, que era o que ambos queríamos que acontecesse.
No regresso a casa, passava das quatro da manhã, o Adérito, podre de bêbado e de felicidade, agradeceu-me umas vinte vezes a noite que lhe proporcionei. Estava chato como nunca o vira e foi um enorme alívio deixá-lo à porta de casa e conduzir de volta à minha.
Se eu sabia que a noite tinha corrido bem, tive a confirmação disso mesmo alguns dias depois. A Fátima ligou-me para me confidenciar que o Adérito a tinha voltado a visitar. Pela gorjeta que lhe deixara, não podia haver dúvidas de que tinha ficado encantado. Love is in the air!"
Clítoris: lambidela 45
"Já na rua, enquanto procurava o café mais próximo, lembrei-me do nosso acordo tácito: aconteça o que acontecer, as noitadas só acabam à hora de almoço, no mcdonalds do chiado, para curar as ressacas e lamber as feridas. Sentei-me na primeira esplanada que me apareceu à frente do nariz, pedi um café cheio e uma torrada. Fui à casa de banho molhar a cara e dar um jeito ao cabelo. O meu ar de zombie melhorou consideravelmente. Bebi um segundo café, começava a sentir-me menos mal e, por volta do meio-dia, decidi que precisava de uma cerveja e de emoções forte. Bebi a imperial nas calmas, calculei mentalmente o caminho até ao chiado, cerca de vinte minutos a pé. Esperei pelo melhor momento, levantei-me e desatei a correr. Não fazia uma destas há algum tempo. Há hábitos que um tipo não se deve dar ao luxo de permitir perder. Desta vez ninguém fez o mínimo esforço para vir atrás de mim. Quando parei, arrependi-me de não ter bebido mais uma ou duas imperiais, estava novamente cheio de sede.
Cheguei cedo ao mcdonalds, aquilo estava quase vazio. Sentei-me a um canto a partir as trombas a um menu big mac, na paz do senhor. No fim sentia-me quase pronto para outra. Abençoado o americano que inventou estes venenos para ressacas. Apeteceu-me um café e, como ainda não tinha chegado ninguém, decidi que merecia melhor do que aquela zurrapa que serviam ali. Andei uns dois minutos, sentei-me na segunda esplanada do dia, pedi um café cheio, paguei-o no acto, e fiquei ali a olhar as pussycats que passavam e a sentir-me de bem com o mundo.
Voltei ao mcdonalds eram quase três da tarde, aquilo estava apinhado de putos e domingueiros, mas a minha malta ocupava a exacta mesa que eu deixara, a um canto. Estavam lá todos os seis, sem nada partido, mais uma noite que correu bem. Cravei um euro a cada um e comi outro menu big mac. Mal me sentara a comer, percebi que não ia ter qualquer hipótese: o filho do mãe do Toni tinha tirado uma tonelada de fotos de mim agarrado à baleia da Olga. Se aquele cú me tinha deixado deprimido mal acordei naquela manhã, ali naquele instante, sóbrio e quase sem vestígios de ressaca, a ver aquelas fotos que eles faziam questão de ampliar no telemóvel do Toni, fez com que eu tivesse de admitir que atingira um novo ponto baixo no meu historial criqueiro. Era a pior rata onde eu tinha estacionado o Onofre. E aqueles filhos da puta deixaram-me fazê-lo. Mais: estavam ali os seis, todos refastelados da vida a gozarem-me como se não houvesse amanhã.
Acabei de comer, aguentei um bom bocado, esperei pelo peido certo e quando o senti a fermentar nas tripas, despedi-me deles:
- Meus amores, estimo muito que se fodam todos. Vou para casa dormir e tentar esquecer que me dou com um bando de pilas moles como vocês. Para o ano há mais.
Larguei a bomba, de fininho, levantei-me e saí a passo rápido, ainda a tempo de ouvir:
- Ó badalhoco do caralho, este cheira a rata podre, deves ter comido alguma coisinha muito estragada."
Cheguei cedo ao mcdonalds, aquilo estava quase vazio. Sentei-me a um canto a partir as trombas a um menu big mac, na paz do senhor. No fim sentia-me quase pronto para outra. Abençoado o americano que inventou estes venenos para ressacas. Apeteceu-me um café e, como ainda não tinha chegado ninguém, decidi que merecia melhor do que aquela zurrapa que serviam ali. Andei uns dois minutos, sentei-me na segunda esplanada do dia, pedi um café cheio, paguei-o no acto, e fiquei ali a olhar as pussycats que passavam e a sentir-me de bem com o mundo.
Voltei ao mcdonalds eram quase três da tarde, aquilo estava apinhado de putos e domingueiros, mas a minha malta ocupava a exacta mesa que eu deixara, a um canto. Estavam lá todos os seis, sem nada partido, mais uma noite que correu bem. Cravei um euro a cada um e comi outro menu big mac. Mal me sentara a comer, percebi que não ia ter qualquer hipótese: o filho do mãe do Toni tinha tirado uma tonelada de fotos de mim agarrado à baleia da Olga. Se aquele cú me tinha deixado deprimido mal acordei naquela manhã, ali naquele instante, sóbrio e quase sem vestígios de ressaca, a ver aquelas fotos que eles faziam questão de ampliar no telemóvel do Toni, fez com que eu tivesse de admitir que atingira um novo ponto baixo no meu historial criqueiro. Era a pior rata onde eu tinha estacionado o Onofre. E aqueles filhos da puta deixaram-me fazê-lo. Mais: estavam ali os seis, todos refastelados da vida a gozarem-me como se não houvesse amanhã.
Acabei de comer, aguentei um bom bocado, esperei pelo peido certo e quando o senti a fermentar nas tripas, despedi-me deles:
- Meus amores, estimo muito que se fodam todos. Vou para casa dormir e tentar esquecer que me dou com um bando de pilas moles como vocês. Para o ano há mais.
Larguei a bomba, de fininho, levantei-me e saí a passo rápido, ainda a tempo de ouvir:
- Ó badalhoco do caralho, este cheira a rata podre, deves ter comido alguma coisinha muito estragada."
Clítoris: lambidela 44
"Eu aprendi o truque há muitos anos: aconteça o que acontecer, nunca largar o Zezé de vista. Se der porrada, é o gajo ideal para ter ao lado. Se der bajaina, idem aspas. Nessa noite, deus seja louvado, deu bajaina. Quando me apercebi, o gajo fazia olhinhos a uma loira de parar o trânsito e tudo o resto que mexa. Ela estava com umas amigas que, embora alegremente bêbado e de bem com a espécie humana, me pareceram logo dois trambolhos. Aproximei-me, ele apresentou-me, num inglês de servente de pedreiro e, trinta segundos de conversa depois, cheirou logo a rata fácil ao Onofre. Fiz por me focar no assunto. A loira era uma brasa, bêbado ou sóbrio. Linda, um sorriso de um gajo se apaixonar em dois segundos e um corpo perfeito, uma pele branca como a neve, que parecia pedir para levar umas nódoas negras com todo o carinho. O único defeito que lhe notei foi aqueles olhinhos a brilhar na direcção do Zezé. Iriam continuar a brilhar noite fora, era só questão de não deixar o gajo falar muito e para isso estava eu ali. Sobravam dois trambolhos, mas eu e o Onofre só contávamos por um. Eram as duas feias, uma delas era baixinha, com umas mamas à maneira, mas um cagueiro que dava para fazer dois ou, com jeitinho, três rabos fantásticos. Puxei pela imaginação e consegui acreditar que ela era menina para todo o tipo de porcarias. A amiga tinha bem mais de um metro e oitenta, tudo nela era pernas e pescoço. Conseguia ser ainda mais feia que a gordinha, não tinha mamas nem rabo, mas o que me fez soar o sinal de alarme, era aquele arzinho de quem não se vem, que me tornei perito em detectar nas pussycats. Ficou claro que eu queria a gordita, mas para a comer, alguém teria de tratar da amiga. Felizmente, a coisa resolveu-se por si mesma, assim que o detector de cona do Lipe começou a apitar por todo o lado. O gajo colou-se a nós todo lampeiro e só tive tempo para lhe dizer:
- Chegaste em último, fodes-te. A gordinha é minha, ficas com a girafa, que é mesmo à tua medida.
- Achas mesmo que queria enfiá-la no cu mcdonalds da tua amiga? Só se estivesse tão bêbado como tu.
A seguir a este acordo de cavalheiros, a coisa correu às mil maravilhas. Elas eram alemãs, seguravam na mão umas enormes canecas de cerveja e, em vez de as beberem, aspiravam-nas. De cada vez que uma delas metia as beiças na caneca, o seu conteúdo como que era sugado para dentro delas. Estava bom de ver onde se ia enfiar a cerveja da gaja que me calhara. Dei comigo a repetir “Olga, Olga, Olga”, dentro da minha cabeça. Já que não ouvia nada do que ela me dizia, o mínimo dos mínimos era decorar-lhe o nome. Volta e meia olhava-lhe para aquelas mamas enormes e ficava a fantasiar que me punha a chupar-lhe os mamilos e eles esguichavam cerveja fresquinha. Ela percebeu os meus olhares gulosos e não me quis fazer esperar muito. Foi-se chegando, qual gata no cio, e não tive outra hipótese que não fosse beijá-la. Ainda os meus lábios iam ao encontro dos dela, naquele nano-segundo que estas coisas levam, já ouvia a voz do André ao longe:
- Não bebas mais, Zé Tó, quanto mais bebes, pior elas ficam.
O certo é que aquele beijo apressou as coisas. O resto da malta perdeu a vontade de beber mais uma rodada e começou finalmente a falar-se em irmos para um local mais calmo. Elas eram umas meninas que sabiam o que queriam, estavam alojadas num apartamento que arranjaram no airbnb. Procurámos um táxi, como éramos seis, eu e a Olga entrámos no primeiro que apareceu e os restantes foram no próximo. Ela nem esperou por chegarmos a casa para se esfregar toda em mim no banco de trás. Quando parámos em frente ao prédio dela, fiquei na dúvida se quem estaria com mais tesão era eu ou o taxista.
Não faço ideia do tempo que os outros demoraram a chegar, mas deve ter sido um bom bocado, porque quando os ouvi a rir na sala, já estava todo nu deitado de costas na cama, pés cruzados, descansado da vida enquanto aquela vaca louca cavalgava em cima de mim e fazia um cagaçal demoníaco. Veio-se uma vez, afrouxou um pouco, deu-me um beijo ou dois, enfiou-me as tetas na boca, quase me sufocando e de seguida, recomeçou com aqueles movimentos de anca. Foi ficando cada vez mais excitada e eu cada vez mais sóbrio. Evitei olhar-lhe no rosto, a cavalgar-me com fúria ficava ainda mais feia. Pus-lhe as mãos naquelas mamas enormes, evoquei na minha mente as boazonas mais recentes da minha colecção e, pela segunda vez naquela noite, fiz tudo para me vir o mais rápido que conseguisse. Por sorte, viemo-nos ao mesmo tempo. Do outro lado da sala, tivemos direito a palmas e a pedidos de encore. Mal ela desmontou, girei para um lado e pus-me de pé. Senti a cabeça a latejar, sabia que se nada fizesse acordaria com uma ressaca medonha e decidi tomar o ben-u-ron que anos de experiência acumulada de bebedeiras me ensinaram a trazer sempre no bolso das calças. Enfiei-me na minúscula casa de banho, bebi água da torneira até a deitar pelos ouvidos e engoli o comprimido. A seguir, dei um beijo dengoso àquela alemã no cio, fixei incrédulo aquele cu de dois lugares no eléctrico e decidi desmaiar de sono na cama, antes que ela tivesse a brilhante ideia de me mandar para casa.
Acordei com o quarto inundado de luz e com os roncos daquela porca deitada a meu lado. A primeira coisa que vi, mal abri os olhos, foi aquele rabo do demónio virado para mim. Senti-me tremendamente deprimido, vesti-me às pressas, tentando não fazer barulho para não acordar o javali e saí do quarto de fininho.
Na sala, tive a ideia de fazer uma revista ao frigorífico, precisava de qualquer coisa que me ajudasse a combater a sede atroz e a ressaca medonha que eu acumulava dentro de mim. Para meu grande espanto, ouvi o claro som de alguém a foder forte e feio. Só podia ser o Zezé, claro. Olhei para o telemóvel, eram quase onze da manhã e aquele filho da puta tinha passado a noite inteira naquela merda com aquela loira de sonho. Apurei o ouvido, de forma inconsciente dei uns passos na direcção do quarto onde provinha aquele som divino de um mulherão a gemer satisfeita. Fiquei ainda mais deprimido, esqueci-me da cozinha e pus-me a andar. Do Lipe, nem sinais. Desejei que se tivesse safado com a girafa, sempre era mais um para ser gozado, é bom dividir os momentos vergonhosos com alguém."
- Chegaste em último, fodes-te. A gordinha é minha, ficas com a girafa, que é mesmo à tua medida.
- Achas mesmo que queria enfiá-la no cu mcdonalds da tua amiga? Só se estivesse tão bêbado como tu.
A seguir a este acordo de cavalheiros, a coisa correu às mil maravilhas. Elas eram alemãs, seguravam na mão umas enormes canecas de cerveja e, em vez de as beberem, aspiravam-nas. De cada vez que uma delas metia as beiças na caneca, o seu conteúdo como que era sugado para dentro delas. Estava bom de ver onde se ia enfiar a cerveja da gaja que me calhara. Dei comigo a repetir “Olga, Olga, Olga”, dentro da minha cabeça. Já que não ouvia nada do que ela me dizia, o mínimo dos mínimos era decorar-lhe o nome. Volta e meia olhava-lhe para aquelas mamas enormes e ficava a fantasiar que me punha a chupar-lhe os mamilos e eles esguichavam cerveja fresquinha. Ela percebeu os meus olhares gulosos e não me quis fazer esperar muito. Foi-se chegando, qual gata no cio, e não tive outra hipótese que não fosse beijá-la. Ainda os meus lábios iam ao encontro dos dela, naquele nano-segundo que estas coisas levam, já ouvia a voz do André ao longe:
- Não bebas mais, Zé Tó, quanto mais bebes, pior elas ficam.
O certo é que aquele beijo apressou as coisas. O resto da malta perdeu a vontade de beber mais uma rodada e começou finalmente a falar-se em irmos para um local mais calmo. Elas eram umas meninas que sabiam o que queriam, estavam alojadas num apartamento que arranjaram no airbnb. Procurámos um táxi, como éramos seis, eu e a Olga entrámos no primeiro que apareceu e os restantes foram no próximo. Ela nem esperou por chegarmos a casa para se esfregar toda em mim no banco de trás. Quando parámos em frente ao prédio dela, fiquei na dúvida se quem estaria com mais tesão era eu ou o taxista.
Não faço ideia do tempo que os outros demoraram a chegar, mas deve ter sido um bom bocado, porque quando os ouvi a rir na sala, já estava todo nu deitado de costas na cama, pés cruzados, descansado da vida enquanto aquela vaca louca cavalgava em cima de mim e fazia um cagaçal demoníaco. Veio-se uma vez, afrouxou um pouco, deu-me um beijo ou dois, enfiou-me as tetas na boca, quase me sufocando e de seguida, recomeçou com aqueles movimentos de anca. Foi ficando cada vez mais excitada e eu cada vez mais sóbrio. Evitei olhar-lhe no rosto, a cavalgar-me com fúria ficava ainda mais feia. Pus-lhe as mãos naquelas mamas enormes, evoquei na minha mente as boazonas mais recentes da minha colecção e, pela segunda vez naquela noite, fiz tudo para me vir o mais rápido que conseguisse. Por sorte, viemo-nos ao mesmo tempo. Do outro lado da sala, tivemos direito a palmas e a pedidos de encore. Mal ela desmontou, girei para um lado e pus-me de pé. Senti a cabeça a latejar, sabia que se nada fizesse acordaria com uma ressaca medonha e decidi tomar o ben-u-ron que anos de experiência acumulada de bebedeiras me ensinaram a trazer sempre no bolso das calças. Enfiei-me na minúscula casa de banho, bebi água da torneira até a deitar pelos ouvidos e engoli o comprimido. A seguir, dei um beijo dengoso àquela alemã no cio, fixei incrédulo aquele cu de dois lugares no eléctrico e decidi desmaiar de sono na cama, antes que ela tivesse a brilhante ideia de me mandar para casa.
Acordei com o quarto inundado de luz e com os roncos daquela porca deitada a meu lado. A primeira coisa que vi, mal abri os olhos, foi aquele rabo do demónio virado para mim. Senti-me tremendamente deprimido, vesti-me às pressas, tentando não fazer barulho para não acordar o javali e saí do quarto de fininho.
Na sala, tive a ideia de fazer uma revista ao frigorífico, precisava de qualquer coisa que me ajudasse a combater a sede atroz e a ressaca medonha que eu acumulava dentro de mim. Para meu grande espanto, ouvi o claro som de alguém a foder forte e feio. Só podia ser o Zezé, claro. Olhei para o telemóvel, eram quase onze da manhã e aquele filho da puta tinha passado a noite inteira naquela merda com aquela loira de sonho. Apurei o ouvido, de forma inconsciente dei uns passos na direcção do quarto onde provinha aquele som divino de um mulherão a gemer satisfeita. Fiquei ainda mais deprimido, esqueci-me da cozinha e pus-me a andar. Do Lipe, nem sinais. Desejei que se tivesse safado com a girafa, sempre era mais um para ser gozado, é bom dividir os momentos vergonhosos com alguém."
Clítoris: lambidela 43
"Duas horas depois, quando me levantei para pagar, lembrava-me do meu nome e sabia que estava algures em Lisboa. Falavam para mim e eu sorria. Sorria continuamente e respondia “sim”, fosse ao que fosse. Fomos a pé até um bar qualquer e alguém teve o bom senso de me enfiar uma água das pedras na mão.
- Podes beber à vontade, Zé Tó, já enfiei gin lá para dentro.
Sorri, bebi um gole, soube que não era verdade, mas continuei a beber. O ar fresco da noite como que me despertou de uma espécie de hipnose, fez-me ter consciência do quão bêbado estava. Soube, por experiência acumulada, que se parasse era o meu fim. Entrei naquele bar, corri para a pista e dancei como um demónio possuído. Dei por mim e tinha uma magricela enfiada num vestido azul a dançar comigo. Estávamos os dois por nossa conta, eu tinha os neurónios a nadar em cerveja e bagaço, os dela flutuavam em químicos, mas a única coisa que importava era aquele corpo ali, a contorcer-se no mesmo ritmo alucinado que o meu, sintonizados numa frequência que sabíamos ser os únicos ali a experimentar. Eu tive a perfeita noção de ter o bar inteiro de olhos postos em nós e adivinhei que ela percebera o mesmo. Aquilo tinha de parar ou, pelo menos, ter algum desenvolvimento, não podíamos ficar ali a dançar que nem possessos o resto das nossas vidas. Eu tinha seis amigos de infância todos torcidos por ali perto, sentia-me protegido, pelo que aproximei os lábios do ouvido dela e disse:
- Se te der um beijo, aqui e agora, quebra-se o encanto?
- Ou isso ou vivemos felizes para sempre…
Rimo-nos os dois. Peguei-lhe nas mãos com as minhas e dançamos um pouco mais, num desvairado corrupio. Trocámos um primeiro beijo, a medo, lábios com lábios, gostei do cheiro dela, estreitei-a a mim e roubei-lhe outro, ousado e provocador. Fiz menção de continuar a dançar, ela sorriu de olhos fechados, agarrou-me pelo braço e gritou-me ao ouvido:
- Anda comigo.
Segui bar fora, furando por um mar de corpos, sem ver nenhum rosto, puxado pelo braço dela. Trancámo-nos num cubículo da casa de banho das mulheres.
- Nada de foder. Tirando isso, tens cinco minutos, Fred Astaire.
Baixei-lhe as alças do vestido, chupei umas mamas minúsculas com volúpia, enquanto a minha mão trepava por baixo daquele vestido, coxas acima. Acariciei-lhe a passarinha, com gestos lentos e delicados, enquanto a beijava e descia com os lábios pescoço abaixo até àquelas mamas que pareciam duas ameixas sumarentas e que eu chupava com avidez. Deixei-a sofrer um bocado e quando a senti a arfar-me no ouvido, puxei-lhe as cuecas para o lado e enfiei-lhe dois dedos com todo o meu amor, ao mesmo tempo que sentia uma mão marota a percorrer-me o Onofre de alto a baixo. Desapertou-me a braguilha com mestria e tirou-o para fora em menos de um micro segundo. Ajustámos as posições dos nossos corpos, ela contra a parede e eu de forma a que conseguisse manobrar dentro daquela rata húmida enquanto ela brincava com o meu menino. Uma ou outra vez, olhou-me com malícia, levou a mão à boca, lambendo-a lascivamente, para a deixar repousar em seguida na cabeça do Onofre, que lhe pedia mimo. Por mais estranho que pareça, foi só ali, naqueles instantes carnais, que olhei para ela com atenção. Era bem mais feia do que me tinha parecido e um bom bocado mais velha do que eu, o que foi o que mais me surpreendeu. Eu tinha os dedos ensopados com os fluídos que saíam de dentro da rata dela, senti-me enganado por aquela gaja, que se aproveitara da minha bebedeira atroz e fazia uns esgares horríveis enquanto eu a trabalhava, decidi acabar com aquilo o mais rápido possível, enfiei-lhe outro dedo e pousei a minha mão livre em cima da dela, indicando-lhe o ritmo que queria. Deixei que me masturbasse e fiz por me vir o mais depressa que consegui, nem sequer a avisei quando o Onofre começou a jorrar champanhe branco por todos os lados. Tirei-lhe a mão de dentro da rata, limpei-a nas mamas delas, enfiei o Onofre na toca e saí sem uma palavra.
O André já me aguardava, pegou-me no braço e, com os seus melhores modos, começou a empurrar-me para a saída:
- Anda garanhão, para a próxima tenta reparar se a gaja com quem te metes veio com o namorado.
Olhei para ele, com ar espantado.
- Sim, deu um chinfrim do caralho, parabéns. Mas quem tem um gorila como o Zezé, tem tudo neste mundo. Agora bico calado e tenta não olhar para ninguém, até estarmos na rua.
Embora me sentisse bem mais sóbrio, optei por continuar a sorrir. Mal me pôs os olhos em cima, o Diogo não mais me largou:
- Fiz um vídeo às escondidas, meu filho da mãe, tu a dançares com aquela coisa de vestido azul. Vou-te transformar numa estrela de cinema!
Sorri, fechei os olhos, respirei fundo e perguntei:
- Vamos para onde? Já estava capaz de beber qualquer coisinha."
- Podes beber à vontade, Zé Tó, já enfiei gin lá para dentro.
Sorri, bebi um gole, soube que não era verdade, mas continuei a beber. O ar fresco da noite como que me despertou de uma espécie de hipnose, fez-me ter consciência do quão bêbado estava. Soube, por experiência acumulada, que se parasse era o meu fim. Entrei naquele bar, corri para a pista e dancei como um demónio possuído. Dei por mim e tinha uma magricela enfiada num vestido azul a dançar comigo. Estávamos os dois por nossa conta, eu tinha os neurónios a nadar em cerveja e bagaço, os dela flutuavam em químicos, mas a única coisa que importava era aquele corpo ali, a contorcer-se no mesmo ritmo alucinado que o meu, sintonizados numa frequência que sabíamos ser os únicos ali a experimentar. Eu tive a perfeita noção de ter o bar inteiro de olhos postos em nós e adivinhei que ela percebera o mesmo. Aquilo tinha de parar ou, pelo menos, ter algum desenvolvimento, não podíamos ficar ali a dançar que nem possessos o resto das nossas vidas. Eu tinha seis amigos de infância todos torcidos por ali perto, sentia-me protegido, pelo que aproximei os lábios do ouvido dela e disse:
- Se te der um beijo, aqui e agora, quebra-se o encanto?
- Ou isso ou vivemos felizes para sempre…
Rimo-nos os dois. Peguei-lhe nas mãos com as minhas e dançamos um pouco mais, num desvairado corrupio. Trocámos um primeiro beijo, a medo, lábios com lábios, gostei do cheiro dela, estreitei-a a mim e roubei-lhe outro, ousado e provocador. Fiz menção de continuar a dançar, ela sorriu de olhos fechados, agarrou-me pelo braço e gritou-me ao ouvido:
- Anda comigo.
Segui bar fora, furando por um mar de corpos, sem ver nenhum rosto, puxado pelo braço dela. Trancámo-nos num cubículo da casa de banho das mulheres.
- Nada de foder. Tirando isso, tens cinco minutos, Fred Astaire.
Baixei-lhe as alças do vestido, chupei umas mamas minúsculas com volúpia, enquanto a minha mão trepava por baixo daquele vestido, coxas acima. Acariciei-lhe a passarinha, com gestos lentos e delicados, enquanto a beijava e descia com os lábios pescoço abaixo até àquelas mamas que pareciam duas ameixas sumarentas e que eu chupava com avidez. Deixei-a sofrer um bocado e quando a senti a arfar-me no ouvido, puxei-lhe as cuecas para o lado e enfiei-lhe dois dedos com todo o meu amor, ao mesmo tempo que sentia uma mão marota a percorrer-me o Onofre de alto a baixo. Desapertou-me a braguilha com mestria e tirou-o para fora em menos de um micro segundo. Ajustámos as posições dos nossos corpos, ela contra a parede e eu de forma a que conseguisse manobrar dentro daquela rata húmida enquanto ela brincava com o meu menino. Uma ou outra vez, olhou-me com malícia, levou a mão à boca, lambendo-a lascivamente, para a deixar repousar em seguida na cabeça do Onofre, que lhe pedia mimo. Por mais estranho que pareça, foi só ali, naqueles instantes carnais, que olhei para ela com atenção. Era bem mais feia do que me tinha parecido e um bom bocado mais velha do que eu, o que foi o que mais me surpreendeu. Eu tinha os dedos ensopados com os fluídos que saíam de dentro da rata dela, senti-me enganado por aquela gaja, que se aproveitara da minha bebedeira atroz e fazia uns esgares horríveis enquanto eu a trabalhava, decidi acabar com aquilo o mais rápido possível, enfiei-lhe outro dedo e pousei a minha mão livre em cima da dela, indicando-lhe o ritmo que queria. Deixei que me masturbasse e fiz por me vir o mais depressa que consegui, nem sequer a avisei quando o Onofre começou a jorrar champanhe branco por todos os lados. Tirei-lhe a mão de dentro da rata, limpei-a nas mamas delas, enfiei o Onofre na toca e saí sem uma palavra.
O André já me aguardava, pegou-me no braço e, com os seus melhores modos, começou a empurrar-me para a saída:
- Anda garanhão, para a próxima tenta reparar se a gaja com quem te metes veio com o namorado.
Olhei para ele, com ar espantado.
- Sim, deu um chinfrim do caralho, parabéns. Mas quem tem um gorila como o Zezé, tem tudo neste mundo. Agora bico calado e tenta não olhar para ninguém, até estarmos na rua.
Embora me sentisse bem mais sóbrio, optei por continuar a sorrir. Mal me pôs os olhos em cima, o Diogo não mais me largou:
- Fiz um vídeo às escondidas, meu filho da mãe, tu a dançares com aquela coisa de vestido azul. Vou-te transformar numa estrela de cinema!
Sorri, fechei os olhos, respirei fundo e perguntei:
- Vamos para onde? Já estava capaz de beber qualquer coisinha."
Clítoris: lambidela 42
"Que raio foi que aconteceu aos meus amigos de infância? Homens a sério é na margem sul, dizíamos nós, peito feito, armados em cagões, sempre que a oportunidade se manifestava. Inseparáveis, durante anos, em bando para todo o lado, nas férias da escola, fins-de-semana, aniversários, o caralho a sete.
Restam o Diogo e o André. Os verdadeiros dos verdadeiros. Os outros, a puta de vida lá fez das suas, foi cada um para seu lado, mas quem diria que um ...dia me ia dar para a nostalgia? Sentado sozinho na esplanada daquele café merdoso, empanturrado que nem um leão, a ter saudades dos cromos dos meus amigos de infância.
O certo é que ali estava eu, um Sábado por volta das duas e meia da tarde, a recordar histórias com mais de dez anos. “Homens a sério é na margem sul”.
O Benfica jogava em casa e ia-me encontrar com a malta. O André foi o primeiro a chegar, camisola e cachecol, apesar do calor. Um verdadeiro do caralho.
- Então Zé Tó, ainda estás sóbrio?
- A culpa é tua, que nunca mais aparecias para começar a pagar rodadas.
Enquanto o gajo me ia desfiando as novidades criqueiras, e eu mais uma vez não conseguia acreditar que aquele minorca com barriguinha de cerveja enganasse tanta bajaina, apareceu o Diogo.
- Chegou o homem dos sete instrumentos, oito se tocar ao bicho contar.
- Se contasse, eras um músico do caralho, Zé Tó.
Estivemos sentados à conversa a recordar velhos tempos durante seis imperiais seguidas. Quando demos por ela, estava na hora de fazer o habitual sorteio, a fim de decidir quem conduzia o carro do André. Não me calhou a mim, o que significava que muito provavelmente íamos viver para contar aquela noite.
Rumámos ao estádio, vimos o jogo, o glorioso ganhou 3-1 ao Braga, com lances polémicos à mistura. Fartei-me de sofrer e de largar peidos. No fim daquele jogo de merda, estávamos novamente sóbrios que nem uns meninos de coro. Fomos ter com o resto da malta a uma tasca ranhosa, já perto do cais do Sodré, para não mexer mais no carro o resto da noite, que se previa longa e perigosa. Já lá estavam todos quando entrámos. Tinham visto o jogo num café lá ao lado, levavam-nos um considerável avanço alcoólico.
Tudo amigos de infância. Era Agosto e estavam cá de férias. Ao longo do tempo, com muita diplomacia, lá conseguimos implementar uma anual noite de copos. É uma espécie de feriado, mas só para os amigos de infância. Mal nos vemos, começa um interminável desfile de abraços e insultos carinhosos."
Restam o Diogo e o André. Os verdadeiros dos verdadeiros. Os outros, a puta de vida lá fez das suas, foi cada um para seu lado, mas quem diria que um ...dia me ia dar para a nostalgia? Sentado sozinho na esplanada daquele café merdoso, empanturrado que nem um leão, a ter saudades dos cromos dos meus amigos de infância.
O certo é que ali estava eu, um Sábado por volta das duas e meia da tarde, a recordar histórias com mais de dez anos. “Homens a sério é na margem sul”.
O Benfica jogava em casa e ia-me encontrar com a malta. O André foi o primeiro a chegar, camisola e cachecol, apesar do calor. Um verdadeiro do caralho.
- Então Zé Tó, ainda estás sóbrio?
- A culpa é tua, que nunca mais aparecias para começar a pagar rodadas.
Enquanto o gajo me ia desfiando as novidades criqueiras, e eu mais uma vez não conseguia acreditar que aquele minorca com barriguinha de cerveja enganasse tanta bajaina, apareceu o Diogo.
- Chegou o homem dos sete instrumentos, oito se tocar ao bicho contar.
- Se contasse, eras um músico do caralho, Zé Tó.
Estivemos sentados à conversa a recordar velhos tempos durante seis imperiais seguidas. Quando demos por ela, estava na hora de fazer o habitual sorteio, a fim de decidir quem conduzia o carro do André. Não me calhou a mim, o que significava que muito provavelmente íamos viver para contar aquela noite.
Rumámos ao estádio, vimos o jogo, o glorioso ganhou 3-1 ao Braga, com lances polémicos à mistura. Fartei-me de sofrer e de largar peidos. No fim daquele jogo de merda, estávamos novamente sóbrios que nem uns meninos de coro. Fomos ter com o resto da malta a uma tasca ranhosa, já perto do cais do Sodré, para não mexer mais no carro o resto da noite, que se previa longa e perigosa. Já lá estavam todos quando entrámos. Tinham visto o jogo num café lá ao lado, levavam-nos um considerável avanço alcoólico.
Tudo amigos de infância. Era Agosto e estavam cá de férias. Ao longo do tempo, com muita diplomacia, lá conseguimos implementar uma anual noite de copos. É uma espécie de feriado, mas só para os amigos de infância. Mal nos vemos, começa um interminável desfile de abraços e insultos carinhosos."
Clítoris: lambidela 41
"Pelo meio de tanta festa, a rotina a meter-se-me pelos dias dentro. Aquele hipermercado do demónio a nausear-me os neurónios um bocadinho mais a cada dia que passava. As transferências da bola, que me animavam as conversas de café, agora que os campeonatos estavam parados, uma ou outra bebedeira para descomprimir o fígado e lá estava eu, totalmente contra a minha vontade, a ver-me obrigado a viver a minha vidinha merdosa. É sempre nestas alturas que uma qualquer novidade cai do céu, inesperada e sem se fazer anunciar, como se fosse merda de pombo. E a novidade que me caiu bem em cima da cabeça foi esta: o Vidrinhos acabou com a Rute. Tal e qual, foi ELE que acabou tudo com ELA. Ligou-me ainda estava a regressar a casa, como se fosse um assassino a confessar o seu crime antes de se lançar por uma ribanceira abaixo. No dia seguinte era o meu dia de folga. Fomos beber um copo. Ou dez, já não me recordo bem.
- Aquela semana em Amesterdão fez com que percebesse que a Rute estava a soar cada vez mais a obrigação, meu. É uma crica maravilha, mas isso não chega para eu me foder todo num namoro sério, com fedelhos a borrar fralda atrás de fralda já ali ao virar da esquina.
- Foda-se, Vidrinhos, és o meu guia espiritual. Vou ter de acabar com a Marlene. É isso ou enlouquecer devagarinho.
- A cona estupidifica, Zé Tó. É preciso tomates para um gajo lhe fazer frente. Deixar uma coninha húmida e saltitona é a mesma merda que deixar a droga.
- Olha lá, e se fossemos às putas?
- Dito assim com essa eloquência, seria preciso ter um coração de pedra para recusar.
Deixei o gajo fazer a pesquisa na internet. Passou-me o telemóvel para as mãos como quem passa o menu num restaurante. Não faltava por onde escolher. Ele queria um grande par de mamas e eu disse que comia o mesmo. Deixei-o marcar o número, era diversão garantida. Uma voz com sotaque brasileiro atendeu ao terceiro toque.
- Boa noite, minha senhora. Li o seu anúncio, que me pareceu bastante sério e honesto. Gostaria no entanto de lhe perguntar se tem disponibilidade para eu lhe ir ao cuzinho?
Do outro lado responderam qualquer coisa, enquanto ele me piscava o olho, divertido.
- Só oral e vaginal? Entendido. Para puta, a menina tem um discurso muito idêntico ao da minha esposa.
Desligou-lhe o telemóvel na cara. Menos uma puta de mamas grandes para nos fazer felizes. Fez nova chamada. Desta vez foi uma portuguesa que atendeu.
- Olá, princesa. Tenho uma urgência. Um amigo meu ainda é virgem mas está bêbado o suficiente para querer deixar de o ser na próxima meia-hora. Posso passar por aí e apresentar-to?
Nova piscadela de olho, enquanto ouvia a resposta do outro lado. A diversão favorita do Vidrinhos quando está com os copos é ligar para as putas. A maior parte das vezes é só para chatear.
- E quanto é que vai custar ao rapaz ficar a saber o que tem andado a perder?
Com a boca, soletrou-me devagar uns mudos trinta euros. Fiz-lhe sinal que estava bom.
- E prometes que lhe ensinas tudo o que sabes? Linda menina. Por acaso não passas recibo, para o rapaz meter em despesas de educação no IRS?
Acabámos por não ir a lado nenhum. Bebemos mais umas tantas imperiais e quando o gajo me foi levar a casa, lembrei-me de ligar à Fátima. Já era tarde, mas ela atendeu.
- Princesa, estou deprimido que nem um cão e…
- Passa aqui, Zé Tó, já somos dois. As depressões curam-se melhor quando se juntam uma à outra.
O Vidrinhos deixou-me à porta do prédio dela. Fiz um grande charro, ficámos a beber e a fumar deitados um para cada lado no sofá dela até estarmos num estado que já nem sabíamos bem onde ficava o quarto. Fodemos mais para não parecer mal do que por verdadeira tesão."
- Aquela semana em Amesterdão fez com que percebesse que a Rute estava a soar cada vez mais a obrigação, meu. É uma crica maravilha, mas isso não chega para eu me foder todo num namoro sério, com fedelhos a borrar fralda atrás de fralda já ali ao virar da esquina.
- Foda-se, Vidrinhos, és o meu guia espiritual. Vou ter de acabar com a Marlene. É isso ou enlouquecer devagarinho.
- A cona estupidifica, Zé Tó. É preciso tomates para um gajo lhe fazer frente. Deixar uma coninha húmida e saltitona é a mesma merda que deixar a droga.
- Olha lá, e se fossemos às putas?
- Dito assim com essa eloquência, seria preciso ter um coração de pedra para recusar.
Deixei o gajo fazer a pesquisa na internet. Passou-me o telemóvel para as mãos como quem passa o menu num restaurante. Não faltava por onde escolher. Ele queria um grande par de mamas e eu disse que comia o mesmo. Deixei-o marcar o número, era diversão garantida. Uma voz com sotaque brasileiro atendeu ao terceiro toque.
- Boa noite, minha senhora. Li o seu anúncio, que me pareceu bastante sério e honesto. Gostaria no entanto de lhe perguntar se tem disponibilidade para eu lhe ir ao cuzinho?
Do outro lado responderam qualquer coisa, enquanto ele me piscava o olho, divertido.
- Só oral e vaginal? Entendido. Para puta, a menina tem um discurso muito idêntico ao da minha esposa.
Desligou-lhe o telemóvel na cara. Menos uma puta de mamas grandes para nos fazer felizes. Fez nova chamada. Desta vez foi uma portuguesa que atendeu.
- Olá, princesa. Tenho uma urgência. Um amigo meu ainda é virgem mas está bêbado o suficiente para querer deixar de o ser na próxima meia-hora. Posso passar por aí e apresentar-to?
Nova piscadela de olho, enquanto ouvia a resposta do outro lado. A diversão favorita do Vidrinhos quando está com os copos é ligar para as putas. A maior parte das vezes é só para chatear.
- E quanto é que vai custar ao rapaz ficar a saber o que tem andado a perder?
Com a boca, soletrou-me devagar uns mudos trinta euros. Fiz-lhe sinal que estava bom.
- E prometes que lhe ensinas tudo o que sabes? Linda menina. Por acaso não passas recibo, para o rapaz meter em despesas de educação no IRS?
Acabámos por não ir a lado nenhum. Bebemos mais umas tantas imperiais e quando o gajo me foi levar a casa, lembrei-me de ligar à Fátima. Já era tarde, mas ela atendeu.
- Princesa, estou deprimido que nem um cão e…
- Passa aqui, Zé Tó, já somos dois. As depressões curam-se melhor quando se juntam uma à outra.
O Vidrinhos deixou-me à porta do prédio dela. Fiz um grande charro, ficámos a beber e a fumar deitados um para cada lado no sofá dela até estarmos num estado que já nem sabíamos bem onde ficava o quarto. Fodemos mais para não parecer mal do que por verdadeira tesão."
Clítoris: lambidela 39
"Ao terceiro dia, depois de muito andar às voltas, demos com um parque enorme, o Vondelpark. Estava cheio de cromos a fazer desporto, a passear a porra dos cãezinhos, casais a namorar, velhos a vegetar e, alegria das alegrias, bajainas de todas as cores, tamanhos e feitios parque fora, em grupos, deitadas na relva a beber, a apanhar sol, a tocar guitarra, ou simplesmente à espera de pila. Amei aquele parque mal dei dois passos lá para dentro. Foi uma unanimidade entre os quatro. Passámos a ir lá parar todos os dias, tornou-se um ritual arrastarmo-nos até lá, carregados de cerveja, amendoins, batatas fritas e mais sandes. Nunca comi tantas sandes na minha vida. Peidávamo-nos e cheirava a sandes de queijo e salame. Foram dias leves, levitámos por eles numa doce semi embriaguez permanente, que acabava a cada noite em intoxicações etílicas e espirituosas de meter respeito. Faltava no entanto um poderoso ingrediente àquela equação divina: pachacha. Metemo-nos com mais de 500 gajas naqueles dias em Amesterdão, uma noite ou outra um de nós chegou mesmo a trocar uns beijos e uns amassos com seres humanos que se nos afiguraram, na bruma do álcool que nos corria nas veias, como fodestíveis exemplares do sexo feminino. Ainda assim, tudo somado sabia a muito pouco. Eu já me estava a preparar mentalmente para ir procurar a Senegalesa com crica de ouro, para me despedir em beleza de Amesterdão, quando aconteceu finalmente uma aventura digna de ser contada.
Foi no penúltimo dia. Tínhamos entrado no parque, todos já de bem com a vida, muitos sorrisos e gargalhadas, quando uns braços se agitam na nossa direcção, vindos de uma enorme manta estendida num relvado em frente a um dos lagos.
- Hi guys!
- Hello! – respondemos, gulosos, em coro.
- Need help to drink all that?
Aquilo era bom demais para estar a acontecer. Quatro miúdas holandesas, entre os 21 e os 23 anos, todas de calções de ganga curtos e tops justos, a aproveitar o sol. Aos meus toldados sentidos pareceram fotocópias umas das outras: pele muito branca, longos cabelos claros e ondulados, mamas qb, pernas compridas e sorrisos fáceis. Como que por magia, tínhamos caído num argumento de filme porno. Se tudo corresse bem, em menos de dez minutos estaríamos todos a foder como mandam as sagradas escrituras. Bom, não foi assim tão fácil. A coisa demorou umas duas ou três horas. Elas não estavam propriamente sóbrias e depois de partilharmos com elas o nosso arsenal etílico, ficaram bem aceleradas. Da conversa toda, só retive que eram estudantes universitárias em final de exames, a precisarem de se divertir um bocado. Concentrei-me e consegui decorar que a que ficou ao meu lado se chamava Lotte. Aos poucos, fomos deixando de falar em grupo para nos dispersarmos por várias conversas, mais ou menos simultâneas. A tarde ia-se transformando em início de noite quando, para meu espanto, o Vidrinhos e a sua pita holandesa começam aos beijos. De risinhos meio embaraçados e olhares a fingirem-se envergonhados, passámos todos à acção. Aquilo devia ser bonito de se ver: quatro pitas holandesas atracadas a quatro marmanjos latinos, tudo para ali aos beijos, por entre garrafas vazias e pacotes amarrotados de batatas fritas. Minutos depois, estávamos a ir para um lado qualquer, que nenhum de nós se preocupou muito em tentar perceber o que era e onde ficava. A tesão, como sempre, falou mais alto.
Demos por nós a entrar num pequeno apartamento. Eu fiquei de olhos esbugalhados, aquilo prometia um bacanal doido, mas não demorou muito para ficar bem claro que isso estava longe de passar pela cabeça daqueles bifes tenrinhos de olhos azuis. Eu tive sorte, aquilo devia ser da Lotte, porque ela foi ao frigorífico, pegou em duas cervejas e levou-me pela mão para um quarto, trancando a porta. Não me fiz rogado e assumi o comando das operações. Despi-nos aos dois, enquanto partilhava uma das cervejas com ela e trocávamos longos beijos. Deitei-a na cama, despejei-lhe um gole de cerveja no umbigo, deixei que lhe escorresse até à crica totalmente rapada e comecei a lamber com gosto e dedicação à arte. Não demorou a ficar toda encharcada e achei por bem enfiar três dedos marotos naquela gruta, a ver se descobria petróleo. Com a mão livre, acabei a cerveja. Dava o meu último gole, quando ela começa a uivar:
- Make me cum, make me cum, ohhhhhhh, make me cum, make me cum…
Aquilo era um delicioso mantra para os meus ouvidos e foi um prazer fazer-lhe a vontade. Contorceu-se toda, se eu não soubesse onde tinha a mão, diria que ela estava a ter um ataque de epilepsia. Veio-se com vontade e empenho e logo depois fez questão de se mostrar agradecida. Sentou-me na cama, ajoelhou à minha frente e começou a brincar com o Onofre. Chupava muito mal. Tão mal que ao início pensei que aquilo só podia ser brincadeira. Eu fiquei ali, desorientado, a pensar como é que uma miúda quase muito gira, quase muito boa, mas no conjunto bastante fodestível e (uma grande vantagem) com tanta disponibilidade para o ser, conseguia ser um desastre tão grande no broche. Cheguei a debater-me com um problema de consciência, estava na hora de alguém lho dizer, não me custava nada explicar-lhe uma coisa ou duas. Lembrei-me que no dia seguinte iria embora e que nunca mais a veria. Se eu estava ali, naquele instante, a ser vítima do silêncio de muitos que, antes de mim, passaram pelo mesmo e não ousaram abrir a boca, não seria eu que me ia pôr a dar aulas grátis para proveito de terceiros. Deixei-a uns minutos entretida a enervar o Onofre, fazendo a minha melhor cara de êxtase, enquanto ia pensando na deusa da foda Senegalesa. Entretanto, chegam até nós uns distintos gemidos, vindos de uma divisão próxima. Alguém ali não tinha sentido de decoro, até para nos virmos há limites, mas aquilo deu-me ganas de não ficar para trás, peguei na nossa dedicada e trapalhona Lotte, deitei-a na cama, empinando-lhe o rabo no ar e fui-me a ela, com toda a ganância, perfurei-lhe o bacalhau ainda todo húmido com raiva e decidi que não perdia nada em dizer-lhe a verdade, já que ela não ia perceber uma única palavra:
- Chupas tão mal que até enerva, sua puta delicada, mal posso esperar para te encher essa rata de leite de boi e se não estivesse meio bêbado mandava-te era já para o caralho.
Disse-lhe aquilo devagar, com a voz mais sensual de que fui capaz e pouco depois vim-me com urgência naquela bajaina apertadinha e húmida. Considerei-me vingado e de contas ajustadas com aquela miúda. Ela queria beijinhos e abraços e eu só queria embebedar-me até cair e pôr-me dali a andar. Os gemidos continuavam, um pouco por toda a casa e eu não tive outro remédio senão aguentar. Que raios, aquele bife não era nada de se deitar fora, uma carninha tenrinha daquelas não me vinha parar ao prato todos os dias. Fiz por esquecer o quanto ela chupava mal e prometi-me não repetir o erro. Deixei-me ficar por ali, a explorar todos os recantos daquela pele macia, a beijar aqueles lábios bem delineados, a perder-me em divagações naqueles olhos clarinhos, até que dei por mim cheio de febre entre as pernas. Deitei-a na cama, com gestos românticos, como nos vídeos porno fofinhos, abri-lhe as pernas e penetrei-a devagar. Fiquei ali, para trás e para a frente, numa de temos a noite toda. Beijava-lhe os lábios, as mamas, o pescoço, parecia um gajo loucamente apaixonado, mas o que eu queria mesmo é que ela fosse contar às amigas a valente foda que eu era. Queria vingar-me daquela rata na rata das amigas. É doentio, eu sei, mas a verdade é que a fodi com requinte, com ternura, direi mesmo que com paixão, como que se lhe quisesse dizer: “é assim que se faz, minha porca”. Por outro lado, senti que a chinfradeira acabara, o resto da malta já devia estar a ver televisão ou a jogar às cartas, aquilo era mais forte que eu, tinha de me armar em herói do pito, pelo que me aguentei o mais que pude, quando senti que me estava quase a vir, parei, saí de dentro dela, dei-lhe uns quantos beijos e pedi-lhe para ficar ela por cima, a cavalgar-me. Com isto, o Onofre recuperou o fôlego e foi como recomeçar do início. Ela estava desejosa de festa e ficou ali a fazer pela vida. Às tantas, foi com uma mãozita marota ao clítoris, e pouco depois desata num berreiro duvidoso, entre o orgasmático e o violência doméstica. Veio-se desabrida e deixou-se cair sobre mim. Do outro lado da parede, explodiu uma salva de palmas, misturada com gritos de Bravo e Bis! Senti-me o rei da foda, apertei o corpo dela contra o meu, finquei as mãos nas nádegas magrinhas dela e meti a quinta a fundo. Um minuto depois, vinha-me com toda a ganância dentro daquela passarinha tão hospitaleira.
Saímos do quarto, já vestidos, e fomos saudados como heróis de guerra."
Foi no penúltimo dia. Tínhamos entrado no parque, todos já de bem com a vida, muitos sorrisos e gargalhadas, quando uns braços se agitam na nossa direcção, vindos de uma enorme manta estendida num relvado em frente a um dos lagos.
- Hi guys!
- Hello! – respondemos, gulosos, em coro.
- Need help to drink all that?
Aquilo era bom demais para estar a acontecer. Quatro miúdas holandesas, entre os 21 e os 23 anos, todas de calções de ganga curtos e tops justos, a aproveitar o sol. Aos meus toldados sentidos pareceram fotocópias umas das outras: pele muito branca, longos cabelos claros e ondulados, mamas qb, pernas compridas e sorrisos fáceis. Como que por magia, tínhamos caído num argumento de filme porno. Se tudo corresse bem, em menos de dez minutos estaríamos todos a foder como mandam as sagradas escrituras. Bom, não foi assim tão fácil. A coisa demorou umas duas ou três horas. Elas não estavam propriamente sóbrias e depois de partilharmos com elas o nosso arsenal etílico, ficaram bem aceleradas. Da conversa toda, só retive que eram estudantes universitárias em final de exames, a precisarem de se divertir um bocado. Concentrei-me e consegui decorar que a que ficou ao meu lado se chamava Lotte. Aos poucos, fomos deixando de falar em grupo para nos dispersarmos por várias conversas, mais ou menos simultâneas. A tarde ia-se transformando em início de noite quando, para meu espanto, o Vidrinhos e a sua pita holandesa começam aos beijos. De risinhos meio embaraçados e olhares a fingirem-se envergonhados, passámos todos à acção. Aquilo devia ser bonito de se ver: quatro pitas holandesas atracadas a quatro marmanjos latinos, tudo para ali aos beijos, por entre garrafas vazias e pacotes amarrotados de batatas fritas. Minutos depois, estávamos a ir para um lado qualquer, que nenhum de nós se preocupou muito em tentar perceber o que era e onde ficava. A tesão, como sempre, falou mais alto.
Demos por nós a entrar num pequeno apartamento. Eu fiquei de olhos esbugalhados, aquilo prometia um bacanal doido, mas não demorou muito para ficar bem claro que isso estava longe de passar pela cabeça daqueles bifes tenrinhos de olhos azuis. Eu tive sorte, aquilo devia ser da Lotte, porque ela foi ao frigorífico, pegou em duas cervejas e levou-me pela mão para um quarto, trancando a porta. Não me fiz rogado e assumi o comando das operações. Despi-nos aos dois, enquanto partilhava uma das cervejas com ela e trocávamos longos beijos. Deitei-a na cama, despejei-lhe um gole de cerveja no umbigo, deixei que lhe escorresse até à crica totalmente rapada e comecei a lamber com gosto e dedicação à arte. Não demorou a ficar toda encharcada e achei por bem enfiar três dedos marotos naquela gruta, a ver se descobria petróleo. Com a mão livre, acabei a cerveja. Dava o meu último gole, quando ela começa a uivar:
- Make me cum, make me cum, ohhhhhhh, make me cum, make me cum…
Aquilo era um delicioso mantra para os meus ouvidos e foi um prazer fazer-lhe a vontade. Contorceu-se toda, se eu não soubesse onde tinha a mão, diria que ela estava a ter um ataque de epilepsia. Veio-se com vontade e empenho e logo depois fez questão de se mostrar agradecida. Sentou-me na cama, ajoelhou à minha frente e começou a brincar com o Onofre. Chupava muito mal. Tão mal que ao início pensei que aquilo só podia ser brincadeira. Eu fiquei ali, desorientado, a pensar como é que uma miúda quase muito gira, quase muito boa, mas no conjunto bastante fodestível e (uma grande vantagem) com tanta disponibilidade para o ser, conseguia ser um desastre tão grande no broche. Cheguei a debater-me com um problema de consciência, estava na hora de alguém lho dizer, não me custava nada explicar-lhe uma coisa ou duas. Lembrei-me que no dia seguinte iria embora e que nunca mais a veria. Se eu estava ali, naquele instante, a ser vítima do silêncio de muitos que, antes de mim, passaram pelo mesmo e não ousaram abrir a boca, não seria eu que me ia pôr a dar aulas grátis para proveito de terceiros. Deixei-a uns minutos entretida a enervar o Onofre, fazendo a minha melhor cara de êxtase, enquanto ia pensando na deusa da foda Senegalesa. Entretanto, chegam até nós uns distintos gemidos, vindos de uma divisão próxima. Alguém ali não tinha sentido de decoro, até para nos virmos há limites, mas aquilo deu-me ganas de não ficar para trás, peguei na nossa dedicada e trapalhona Lotte, deitei-a na cama, empinando-lhe o rabo no ar e fui-me a ela, com toda a ganância, perfurei-lhe o bacalhau ainda todo húmido com raiva e decidi que não perdia nada em dizer-lhe a verdade, já que ela não ia perceber uma única palavra:
- Chupas tão mal que até enerva, sua puta delicada, mal posso esperar para te encher essa rata de leite de boi e se não estivesse meio bêbado mandava-te era já para o caralho.
Disse-lhe aquilo devagar, com a voz mais sensual de que fui capaz e pouco depois vim-me com urgência naquela bajaina apertadinha e húmida. Considerei-me vingado e de contas ajustadas com aquela miúda. Ela queria beijinhos e abraços e eu só queria embebedar-me até cair e pôr-me dali a andar. Os gemidos continuavam, um pouco por toda a casa e eu não tive outro remédio senão aguentar. Que raios, aquele bife não era nada de se deitar fora, uma carninha tenrinha daquelas não me vinha parar ao prato todos os dias. Fiz por esquecer o quanto ela chupava mal e prometi-me não repetir o erro. Deixei-me ficar por ali, a explorar todos os recantos daquela pele macia, a beijar aqueles lábios bem delineados, a perder-me em divagações naqueles olhos clarinhos, até que dei por mim cheio de febre entre as pernas. Deitei-a na cama, com gestos românticos, como nos vídeos porno fofinhos, abri-lhe as pernas e penetrei-a devagar. Fiquei ali, para trás e para a frente, numa de temos a noite toda. Beijava-lhe os lábios, as mamas, o pescoço, parecia um gajo loucamente apaixonado, mas o que eu queria mesmo é que ela fosse contar às amigas a valente foda que eu era. Queria vingar-me daquela rata na rata das amigas. É doentio, eu sei, mas a verdade é que a fodi com requinte, com ternura, direi mesmo que com paixão, como que se lhe quisesse dizer: “é assim que se faz, minha porca”. Por outro lado, senti que a chinfradeira acabara, o resto da malta já devia estar a ver televisão ou a jogar às cartas, aquilo era mais forte que eu, tinha de me armar em herói do pito, pelo que me aguentei o mais que pude, quando senti que me estava quase a vir, parei, saí de dentro dela, dei-lhe uns quantos beijos e pedi-lhe para ficar ela por cima, a cavalgar-me. Com isto, o Onofre recuperou o fôlego e foi como recomeçar do início. Ela estava desejosa de festa e ficou ali a fazer pela vida. Às tantas, foi com uma mãozita marota ao clítoris, e pouco depois desata num berreiro duvidoso, entre o orgasmático e o violência doméstica. Veio-se desabrida e deixou-se cair sobre mim. Do outro lado da parede, explodiu uma salva de palmas, misturada com gritos de Bravo e Bis! Senti-me o rei da foda, apertei o corpo dela contra o meu, finquei as mãos nas nádegas magrinhas dela e meti a quinta a fundo. Um minuto depois, vinha-me com toda a ganância dentro daquela passarinha tão hospitaleira.
Saímos do quarto, já vestidos, e fomos saudados como heróis de guerra."
Clítoris: lambidela 38
"Ter os amigos certos é tudo na vida. O Vidrinhos, o André e o Diogo planearam as férias ao pormenor. Tudo o que tive de fazer foi entrar num avião. Algumas horas, um comboio e uma pequena caminhada depois, estava a poisar a mala num hostel, mesmo no centro de Amesterdão. Um quarto com dois beliches, preço bem em conta, ideal para quatro chanfrados da mona.
Saímos para um primeiro reconhecimento. Uma hora depois, estávamos numa esplanada, a ver as passarinhas que passavam e a beber cerveja como se o mundo estivesse prestes a acabar. Quando demos por ela, estávamos bêbados e pouco faltava para ficar noite escura.
Próxima paragem: red light district. A ideia fora minha, mas todos concordaram, sem hesitar. Chegámos lá em poucos minutos. Ficámos de boca aberta e a salivar. Havia pussycats para todos os gostos, tamanhos e idades. Aquilo era um autêntico hipermercado da crica. Deambulámos por todas aquelas ruas e vielas. Não deve ter ficado uma puta atrás de uma janela por espreitar. Enquanto andávamos, íamos fumando um charro XXL, cortesia do Diogo. Eu estava com uma enorme rebarba, após dezenas e dezenas de gajas seminuas a sorrir para mim e a acenarem para que lhes fosse fazer umas festinhas com o Onofre. Anunciei a minha ideia, quase ao mesmo tempo que a tive:
- Malta, vamos fazer uma cena marada…
Para minha enorme surpresa, eles ouviram e concordaram. Nuns papelinhos escrevemos as palavras boazona, preta, gorda e kota. Dobrámo-los em quatro e cada um tirou um. A mim calhou-me a preta. A seguir, rabiscámos os números de um a quatro, voltámos a dobrar os papelinhos e sorteámos novamente. Tirei o número quatro, o que significava que tinha ficado para último.
O André tirara o número um e foi o primeiro a entrar em acção. Calhara-lhe a gorda, o gajo nem sequer ficou muito chateado, tal era a moca que tinha nos cornos, mas não parava de gritar: foda-se, eu é que escolho, cabrões sortudos do caralho. Voltámos a percorrer aquelas montras de bajaina, ele tentou safar-se duas vezes, mas não cedemos: vai-te foder, André, essa não é gorda, é cheiinha. Por fim, lá deu com uma gordinha, mas sem o ser demasiado. Tinha a atenuante de ser bastante bonita. Foi ter com ela, regateou o preço em inglês e desapareceu por trás da cortina.
- Liga o cronómetro, caralho, depressa – berrou o Vidrinhos.
Passou-nos pela cabeça fazer claque pelo André, ali do lado de fora, mas estávamos num país civilizado e, mesmo a cair de bêbados, ninguém teve coragem de armar um banzé daqueles. O nosso homem emergiu para o mundo passados quinze minutos certinhos.
- Então, pá, conseguiste descobrir-lhe a cona no meio daquelas banhas?
- Olha, meu, foi uma grande fodinha. A partir de hoje só como gajas gordinhas e passado da cabeça. Uma combinação imbatível, é o que tenho a dizer.
O Vidrinhos foi o seguinte. Calhara-lhe a boazona e o cabrão decidiu caprichar. Andámos por ali a dar voltas e mais voltas, o gajo até fez uma short-list. Longos minutos depois, fizemos-lhe um ultimato e ele lá escolheu uma loira branquinha, enorme e com tudo no sítio. Uma bajaina daquelas ter dado em puta era para mim um mistério impossível de desvendar.
Levou com o cronómetro em cima e saiu passados dezoito minutos.
- Então meu, que tal o teu bilhete premiado?
- Vim-me em dois minutos. Depois contei-lhe a história da minha vida.
Fizémos uma pausa para mais umas cervejas, de tanto andar por ali às voltas a cheirar cricas, estávamos a ficar perigosamente sóbrios.
Assim que saímos para a rua, o Diogo foi direito ao assunto. O gajo já tinha decorado uma milf de fazer parar o trânsito. Teria uns bons quarenta anos, e era tão boa que considerámos a possibilidade de ele estar a fazer batota.
- Tinhas de foder com uma kota, ó meu.
- Certo, e alguém disse que ela não podia ser uma coninha de sonho?
- Essa não é muito kota, Diogo.
- A palavra é kota, não é velha desdentada. Vão-se foder, estamos a perder tempo e eu estou com uma tesão de meter medo.
Fez o brilhante tempo de dezanove minutos. Fiquei a pensar que ele próprio teria ligado o cronómetro só para fazer boa figura.
- É bem verdade que nunca é tarde para aprender – atirou o Diogo, mal saiu – Esta milf em vez de puta devia ser professora de foda para miúdos do secundário.
Tinha chegado a minha vez e já todos sabíamos onde eu iria parar. Passámos por aquele belo animal umas poucas de vezes, nas nossas demandas pouco cristãs. Era uma preta alta, magrinha, com umas pernas enormes e mamas pequenas. Eu já tinha comido várias mulatas, mas aquela não era nem sequer parecida. Aquela mulher era preta. Um preto que reluzia.
- Ebony é uma categoria do porno. Aprendam aqui com o mestre da punheta caseira. Apanham centenas de gajas iguais a esta na net – O Vidrinhos, sempre a espalhar sabedoria.
Cheguei-me a ela e regateei o preço em inglês.
- Fifty for a piece of Paradise.
- In one condition: i have to stay for half an hour.
- You’ve made a bet with your friends?
Entrei e ela fechou a cortina. Era um espaço minúsculo, onde praticamente só cabia a cama, uma minúscula mesinha de cabeceira e uma cadeira. Cheguei-me a ela e comecei a apalpar o material. Ela sorriu-me os dentes mais brancos que eu já vira. Tinha uma pele lisa e sedosa, dava a sensação que se tinha besuntado de um creme qualquer. Tinha um leve perfume, fresco e suave, que só por si foi o suficiente para desorientar o Onofre.
- Take your shoes and relax.
Como não obedecer a um pedido daqueles? Despiu-me sem pressa e com tal sensualidade que percebi logo que teria de dar o meu melhor para não fazer má figura. Tirou um preservativo que colocou no Onofre com a boca. Ficou por lá um bom bocado e eu era capaz de jurar que até tive tonturas, de tão bem que estava a ser chupado. Aquela mulher tinha vindo ao mundo com um dom especial para a nobre arte da foda e sabia-o bem. Tive de a interromper para não me vir, ela percebeu e aceitou a coisa com classe. Deitei-a na cama, tirei-lhe as cuecas, passei-lhe a língua pelas virilhas, pelo relvado cortado rente e, depositei um beijinho naquela crica de sonho, antes de subir por aquele caminho do demónio acima, até dar com as mamas pequenas mais sexys que já chupei. Fiquei por ali um bocado, até que me deitei de costas e lhe fiz sinal de que a queria a cavalgar em cima de mim. Aguentei-me uns dois minutos, ela tinha uma passarinha mágica entre as pernas, vim-me gloriosamente, admitindo a minha derrota perante aquela mulher-diabo.
Não deviam ter passado ainda dez minutos desde que eu entrara naquela cabine. Limpei-me e comecei a fazer conversa. Fiquei a saber que era Senegalesa, falámos de tudo o que me veio à cabeça, sem rodeios, com a sinceridade típica das putas. Disse-me ter trinta e três anos e uma filha com dezassete que não via há muito. Rimo-nos os dois com histórias de cama que partilhámos. Enquanto falávamos, sentei-me ao lado dela na cama e fui deixando a minha mão deslizar por aquele corpo. Confessei-lhe nunca ter ido para a cama com uma mulher como ela. Ela deixou-se apalpar sem qualquer constrangimento. Eu ia vigiando o tempo e quando já deviam ter passado uns vinte minutos, o Onofre começou novamente a sentir cócegas. Não demorou a espreguiçar-se com vontade. Peguei-lhe numa mão e conduzi-a até ele.
- You already came, darling, no more.
Disse-lhe que ia ficar a olhar para ela, enquanto me masturbava. Riu-se. Pedi-lhe que se levantasse e fosse girando devagar. Pus mãos ao trabalho, sem pressa. Continuámos a falar, eu fui o mais simpático de que fui capaz, tinha um trunfo que queria jogar e no momento certo, tentei a sorte:
- I’m almost there, please finish me.
Resultou, ela pegou-me no Onofre com aquela mão negra de dedos magros e compridos, em menos de trinta segundos eu estava a ter um orgasmo fantástico, sujando-me todo no peito. Limpei-me com uns toalhetes que ela me passou, vesti-me rapidamente, prometendo-lhe que lhe faria nova visita, trocámos dois beijinhos e fui devolvido à puta da vida.
- Vinte e nove minutos, Zé Tó. Estiveste a dormir a sesta?
- Vim-me em trinta segundos e passei o resto do tempo a tentar convencê-la a fugir comigo. Partimos amanhã ao nascer do dia."
Saímos para um primeiro reconhecimento. Uma hora depois, estávamos numa esplanada, a ver as passarinhas que passavam e a beber cerveja como se o mundo estivesse prestes a acabar. Quando demos por ela, estávamos bêbados e pouco faltava para ficar noite escura.
Próxima paragem: red light district. A ideia fora minha, mas todos concordaram, sem hesitar. Chegámos lá em poucos minutos. Ficámos de boca aberta e a salivar. Havia pussycats para todos os gostos, tamanhos e idades. Aquilo era um autêntico hipermercado da crica. Deambulámos por todas aquelas ruas e vielas. Não deve ter ficado uma puta atrás de uma janela por espreitar. Enquanto andávamos, íamos fumando um charro XXL, cortesia do Diogo. Eu estava com uma enorme rebarba, após dezenas e dezenas de gajas seminuas a sorrir para mim e a acenarem para que lhes fosse fazer umas festinhas com o Onofre. Anunciei a minha ideia, quase ao mesmo tempo que a tive:
- Malta, vamos fazer uma cena marada…
Para minha enorme surpresa, eles ouviram e concordaram. Nuns papelinhos escrevemos as palavras boazona, preta, gorda e kota. Dobrámo-los em quatro e cada um tirou um. A mim calhou-me a preta. A seguir, rabiscámos os números de um a quatro, voltámos a dobrar os papelinhos e sorteámos novamente. Tirei o número quatro, o que significava que tinha ficado para último.
O André tirara o número um e foi o primeiro a entrar em acção. Calhara-lhe a gorda, o gajo nem sequer ficou muito chateado, tal era a moca que tinha nos cornos, mas não parava de gritar: foda-se, eu é que escolho, cabrões sortudos do caralho. Voltámos a percorrer aquelas montras de bajaina, ele tentou safar-se duas vezes, mas não cedemos: vai-te foder, André, essa não é gorda, é cheiinha. Por fim, lá deu com uma gordinha, mas sem o ser demasiado. Tinha a atenuante de ser bastante bonita. Foi ter com ela, regateou o preço em inglês e desapareceu por trás da cortina.
- Liga o cronómetro, caralho, depressa – berrou o Vidrinhos.
Passou-nos pela cabeça fazer claque pelo André, ali do lado de fora, mas estávamos num país civilizado e, mesmo a cair de bêbados, ninguém teve coragem de armar um banzé daqueles. O nosso homem emergiu para o mundo passados quinze minutos certinhos.
- Então, pá, conseguiste descobrir-lhe a cona no meio daquelas banhas?
- Olha, meu, foi uma grande fodinha. A partir de hoje só como gajas gordinhas e passado da cabeça. Uma combinação imbatível, é o que tenho a dizer.
O Vidrinhos foi o seguinte. Calhara-lhe a boazona e o cabrão decidiu caprichar. Andámos por ali a dar voltas e mais voltas, o gajo até fez uma short-list. Longos minutos depois, fizemos-lhe um ultimato e ele lá escolheu uma loira branquinha, enorme e com tudo no sítio. Uma bajaina daquelas ter dado em puta era para mim um mistério impossível de desvendar.
Levou com o cronómetro em cima e saiu passados dezoito minutos.
- Então meu, que tal o teu bilhete premiado?
- Vim-me em dois minutos. Depois contei-lhe a história da minha vida.
Fizémos uma pausa para mais umas cervejas, de tanto andar por ali às voltas a cheirar cricas, estávamos a ficar perigosamente sóbrios.
Assim que saímos para a rua, o Diogo foi direito ao assunto. O gajo já tinha decorado uma milf de fazer parar o trânsito. Teria uns bons quarenta anos, e era tão boa que considerámos a possibilidade de ele estar a fazer batota.
- Tinhas de foder com uma kota, ó meu.
- Certo, e alguém disse que ela não podia ser uma coninha de sonho?
- Essa não é muito kota, Diogo.
- A palavra é kota, não é velha desdentada. Vão-se foder, estamos a perder tempo e eu estou com uma tesão de meter medo.
Fez o brilhante tempo de dezanove minutos. Fiquei a pensar que ele próprio teria ligado o cronómetro só para fazer boa figura.
- É bem verdade que nunca é tarde para aprender – atirou o Diogo, mal saiu – Esta milf em vez de puta devia ser professora de foda para miúdos do secundário.
Tinha chegado a minha vez e já todos sabíamos onde eu iria parar. Passámos por aquele belo animal umas poucas de vezes, nas nossas demandas pouco cristãs. Era uma preta alta, magrinha, com umas pernas enormes e mamas pequenas. Eu já tinha comido várias mulatas, mas aquela não era nem sequer parecida. Aquela mulher era preta. Um preto que reluzia.
- Ebony é uma categoria do porno. Aprendam aqui com o mestre da punheta caseira. Apanham centenas de gajas iguais a esta na net – O Vidrinhos, sempre a espalhar sabedoria.
Cheguei-me a ela e regateei o preço em inglês.
- Fifty for a piece of Paradise.
- In one condition: i have to stay for half an hour.
- You’ve made a bet with your friends?
Entrei e ela fechou a cortina. Era um espaço minúsculo, onde praticamente só cabia a cama, uma minúscula mesinha de cabeceira e uma cadeira. Cheguei-me a ela e comecei a apalpar o material. Ela sorriu-me os dentes mais brancos que eu já vira. Tinha uma pele lisa e sedosa, dava a sensação que se tinha besuntado de um creme qualquer. Tinha um leve perfume, fresco e suave, que só por si foi o suficiente para desorientar o Onofre.
- Take your shoes and relax.
Como não obedecer a um pedido daqueles? Despiu-me sem pressa e com tal sensualidade que percebi logo que teria de dar o meu melhor para não fazer má figura. Tirou um preservativo que colocou no Onofre com a boca. Ficou por lá um bom bocado e eu era capaz de jurar que até tive tonturas, de tão bem que estava a ser chupado. Aquela mulher tinha vindo ao mundo com um dom especial para a nobre arte da foda e sabia-o bem. Tive de a interromper para não me vir, ela percebeu e aceitou a coisa com classe. Deitei-a na cama, tirei-lhe as cuecas, passei-lhe a língua pelas virilhas, pelo relvado cortado rente e, depositei um beijinho naquela crica de sonho, antes de subir por aquele caminho do demónio acima, até dar com as mamas pequenas mais sexys que já chupei. Fiquei por ali um bocado, até que me deitei de costas e lhe fiz sinal de que a queria a cavalgar em cima de mim. Aguentei-me uns dois minutos, ela tinha uma passarinha mágica entre as pernas, vim-me gloriosamente, admitindo a minha derrota perante aquela mulher-diabo.
Não deviam ter passado ainda dez minutos desde que eu entrara naquela cabine. Limpei-me e comecei a fazer conversa. Fiquei a saber que era Senegalesa, falámos de tudo o que me veio à cabeça, sem rodeios, com a sinceridade típica das putas. Disse-me ter trinta e três anos e uma filha com dezassete que não via há muito. Rimo-nos os dois com histórias de cama que partilhámos. Enquanto falávamos, sentei-me ao lado dela na cama e fui deixando a minha mão deslizar por aquele corpo. Confessei-lhe nunca ter ido para a cama com uma mulher como ela. Ela deixou-se apalpar sem qualquer constrangimento. Eu ia vigiando o tempo e quando já deviam ter passado uns vinte minutos, o Onofre começou novamente a sentir cócegas. Não demorou a espreguiçar-se com vontade. Peguei-lhe numa mão e conduzi-a até ele.
- You already came, darling, no more.
Disse-lhe que ia ficar a olhar para ela, enquanto me masturbava. Riu-se. Pedi-lhe que se levantasse e fosse girando devagar. Pus mãos ao trabalho, sem pressa. Continuámos a falar, eu fui o mais simpático de que fui capaz, tinha um trunfo que queria jogar e no momento certo, tentei a sorte:
- I’m almost there, please finish me.
Resultou, ela pegou-me no Onofre com aquela mão negra de dedos magros e compridos, em menos de trinta segundos eu estava a ter um orgasmo fantástico, sujando-me todo no peito. Limpei-me com uns toalhetes que ela me passou, vesti-me rapidamente, prometendo-lhe que lhe faria nova visita, trocámos dois beijinhos e fui devolvido à puta da vida.
- Vinte e nove minutos, Zé Tó. Estiveste a dormir a sesta?
- Vim-me em trinta segundos e passei o resto do tempo a tentar convencê-la a fugir comigo. Partimos amanhã ao nascer do dia."
Clítoris: lambidela 37
"Julgo que naquela altura eu podia dizer com propriedade que tinha uma amante. O normal é um tipo quando vai para velho arranjar uma pussycat mais nova. Eu andava a fazer o percurso inverso. Tinha uma namorada dois anos mais nova que eu e, para desenjoar, uma amante uns bons 14 anos adiantada no calendário. A verdade é que estava cada vez mais enjoado da namorada e mais entesado pela amante. A Cláudia era uma amante maravilhosa e não exigia nada em t...roca. Pouco nos víamos, mas todos os dias conversávamos no Messenger. Por vezes dava-nos os apetites e a meio da noite um de nós ia, ao melhor estilo adolescente em campo de férias, ao apartamento do outro, a tentar não fazer barulho. Bebíamos um copo ou dois ou três e íamos metendo orgasmos pelo meio, tudo sempre com muito carinho e o requinte possível. A Cláudia gostava de falar e eu adorava ficar a ouvir aquela voz rouca a contar histórias acerca do seu ex-companheiro. Lembrava-me da voz esganiçada da Marlene e até sentia arrepios nos neurónios. Nessas noites cheguei a pensar que se a Cláudia fosse uma bajaina das minhas idades, eu estaria metido em apuros sérios. Assim, ela representava para mim a relação perfeita: boas conversas, melhores fodas e nada de chatices nem obrigações.
As semanas foram passando sem grandes fugas à rotina feita do trabalho por turnos no hipermercado, jogos da bola, fodas, bebedeiras, idas ao ginásio e passeios com a namorada, que incluíam o ocasional convívio com a sua horda de amigos fastidiosos. Nada de muito mau, nada de extraordinário e seguramente nada de original. Até que chegou o dia de apanhar o avião para Amesterdão."
As semanas foram passando sem grandes fugas à rotina feita do trabalho por turnos no hipermercado, jogos da bola, fodas, bebedeiras, idas ao ginásio e passeios com a namorada, que incluíam o ocasional convívio com a sua horda de amigos fastidiosos. Nada de muito mau, nada de extraordinário e seguramente nada de original. Até que chegou o dia de apanhar o avião para Amesterdão."
Clítoris: lambidela 36
"A puta da vida, como tantas vezes acontece, entrou em piloto automático. Os meus dias no hipermercado eram rotineiros e sem surpresas. Aqui e ali cruzava-me com a Adele, trocávamos dois beijinhos e umas poucas frases, entre sorrisos rasgados, de quem guarda memórias gratas. Percebi que eu era isso mesmo para ela: uma memória grata. A única coisa que me desiludia naquilo era ela não ter passado o testemunho para as suas duas amigas. Eu quase não as via e, nas raras ocasiões em que as apanhei juntas, fiquei com a clara impressão que a Adele me estava a despachar. Não esmoreci. Por vezes há que saber ser paciente, um dia aquelas duas ainda me viriam parar à sopa. Mais triste ainda foi a filha da Adele nunca ter passado de fotos de telemóvel para o concreto de pernas, rabo e mamas. Mesmo muito triste. Ainda não fora daquela que o Onofre degustara mãe e filha.
Estranhamente, quem ficou muito minha amiga foi a cara de cavalo da Filó, em especial no facebook. Farta-se de enfiar likes e comentários nas minhas publicações. Volta e meia passamos uns bocados agradáveis a bater um papo em privado. Talvez eu tenha sido demasiado severo comigo próprio e ela seja outra com ternas recordações do Onofre. Das duas ou três vezes em que estivemos juntos, com tempo para um café rápido, ela não deu grandes mostras de querer repetir a dose. Vá-se lá entender as bajainas. No último desses cafés, engoli o meu orgulho de macho latino e perguntei-lhe pela Xana. Estava muito feliz, de namoro sério com um cromo qualquer, chefe de vendas já não sei onde. A Filó disse que aquilo pegou forte e que só descansam quando enfiarem um par de anilhas nos dedinhos. Boa sorte para ti Xana, mais às tuas mamas de sonho.
Passei a ir ao ginásio, duas a três vezes por semana, muito por influência da Marlene. Eu inscrevera-me no mais barato que encontrara, mas o que me interessava acima de tudo era não ser o mesmo que ela frequentava. Na minha idealizada e romântica visão, um ginásio era uma espécie de recrutamento vaginário. A coisa deixou muito a desejar, mas não sou de desistir fácil e continuei a ir para lá suar, em especial dos olhinhos.
Com a Marlene as coisas foram ficando cada vez mais aborrecidas, tudo me deixava um travo a obrigação, com a honrosa excepção daquelas fodinhas tão aplicadas que ela dava. Era capaz de jurar que, quando no fim ela se enfiava na casa de banho, nunca se esquecia de fazer os seus alongamentos. Acabei por ir almoçar a casa dos pais dela, um belo Domingo em que choveu que fodeu. A mãe da Marlene ainda conseguia cozinhar melhor que a filha. Saí de lá bem comido, quase tão bem bebido e com o cérebro bem fodido. Senti que passara um apertado interrogatório policial. Pelo menos não tinha sido constituído arguido. A Marlene tinha dois irmãos mais velhos, dois armários de meter respeito. Aquilo tinha tudo para correr mal quando chegasse a hora de correr mal, o que eu previa para antes do verão. Ajudava imenso ter marcado umas férias em Amesterdão, só com o Vidrinhos, o Diogo e o André para algures em Junho, onde iria aproveitar para comemorar os meus 29 anos."
Estranhamente, quem ficou muito minha amiga foi a cara de cavalo da Filó, em especial no facebook. Farta-se de enfiar likes e comentários nas minhas publicações. Volta e meia passamos uns bocados agradáveis a bater um papo em privado. Talvez eu tenha sido demasiado severo comigo próprio e ela seja outra com ternas recordações do Onofre. Das duas ou três vezes em que estivemos juntos, com tempo para um café rápido, ela não deu grandes mostras de querer repetir a dose. Vá-se lá entender as bajainas. No último desses cafés, engoli o meu orgulho de macho latino e perguntei-lhe pela Xana. Estava muito feliz, de namoro sério com um cromo qualquer, chefe de vendas já não sei onde. A Filó disse que aquilo pegou forte e que só descansam quando enfiarem um par de anilhas nos dedinhos. Boa sorte para ti Xana, mais às tuas mamas de sonho.
Passei a ir ao ginásio, duas a três vezes por semana, muito por influência da Marlene. Eu inscrevera-me no mais barato que encontrara, mas o que me interessava acima de tudo era não ser o mesmo que ela frequentava. Na minha idealizada e romântica visão, um ginásio era uma espécie de recrutamento vaginário. A coisa deixou muito a desejar, mas não sou de desistir fácil e continuei a ir para lá suar, em especial dos olhinhos.
Com a Marlene as coisas foram ficando cada vez mais aborrecidas, tudo me deixava um travo a obrigação, com a honrosa excepção daquelas fodinhas tão aplicadas que ela dava. Era capaz de jurar que, quando no fim ela se enfiava na casa de banho, nunca se esquecia de fazer os seus alongamentos. Acabei por ir almoçar a casa dos pais dela, um belo Domingo em que choveu que fodeu. A mãe da Marlene ainda conseguia cozinhar melhor que a filha. Saí de lá bem comido, quase tão bem bebido e com o cérebro bem fodido. Senti que passara um apertado interrogatório policial. Pelo menos não tinha sido constituído arguido. A Marlene tinha dois irmãos mais velhos, dois armários de meter respeito. Aquilo tinha tudo para correr mal quando chegasse a hora de correr mal, o que eu previa para antes do verão. Ajudava imenso ter marcado umas férias em Amesterdão, só com o Vidrinhos, o Diogo e o André para algures em Junho, onde iria aproveitar para comemorar os meus 29 anos."
Clítoris: lambidela 35
" A vez seguinte que a Marlene me apareceu à frente, percebi que tinha um problema sério por resolver. Amorzinho lindo para aqui e para acolá, mal entrava no meu barraco, agia como se aquilo fosse tudo dela. Era a rainha da cozinha, preparava uns pratos fantásticos, mas como se isso já não fosse para além de perfeito, metia-me a roupa a lavar, passava algumas peças a ferro, fodia-me a cabeça por ser tão desarrumado e, a seguir, pedia-me o Onofre emprestado e fazia um treininho de pila que, se era uma coisa maravilhosa de se ver, então de participar, era o céu, senhoras e senhores, meninas e meninos! Aquele metro e meio de bajaina entrou pela minha vida dentro sem pedir licença. Entendi finalmente o porquê de darem nomes femininos aos furacões. A verdade é que eu não tinha grandes motivos para me queixar, mas a questão é que era ainda mais verdade que eu não pedira nada daquilo. A Marlene começara por ser uma bem-vinda fodinha de noite de passagem de ano e, quando dei por mim, tinha sido promovido à categoria de seu namorado oficial. Era um grande equívoco, estava bom de ver, a questão era dar com a melhor altura de o desfazer.
Entretanto, como se fosse um anjo caído do céu, a Cláudia apareceu-me nos dias. Eram os fins de Março, a primavera anunciou-se no calendário, eu sentia nos tomates aquela leveza feita da promessa de dias soalheiros, flores que se abrem para o sol, pássaros que chilreiam alegres e pussycats com roupas leves e decotes generosos. Em suma, eu sentia o pulsar da vida a correr-me veias acima, em especial naquelas que irrigam o Onofre. Ainda mais resumido: andava com uma tesão infindável. Dei por mim e tinha uma meia leca morena de 27 anos, que me punha a casa num brinco e o Onofre num estado lastimoso. Em troca exigia-me um estatuto de exclusividade e noites de felicidade plena estampada no rosto partilhada com o seu grupinho de amigos. Para desenjoar deste quadro opressivo, aparecera-me nos lençóis a minha vizinha milf, um anjo ruivo de 43 anos, pele tão branca e voz tão rouca, que somente me pedia para ser fodida com sensibilidade. Deus sabe que eu tinha tesão de sobra para as duas, que fiz por merecê-las e que não havia nada que estivesse ao meu alcance fazer para evitar andar com ambas ao mesmo tempo.
Tecnicamente, tinha acabado de ser infiel à Marlene, mas as coisas não eram assim tão simples. Se por um lado ela achou por bem considerar que éramos namorados e eu não me opus a essa conclusão precipitada, por outro lado, nunca em tempo algum me pediu para lhe ser fiel. Estava portanto perante um caso omisso. A verdade é que eu jamais sentira algum tipo de sentimento pela Marlene que, já não digo que fosse da família do amor, mas que lhe fosse exclusivo. O que ela me provocava em termos afectivos e químicos não era em nada diferente do que o poderiam fazer dezenas de milhões de bajainas neste planeta, se lhes fosse concedida a mesma oportunidade, isto numa estimativa conservadora. A conclusão que tirei não podia ser mais simples: lá porque eu era o suposto namorado da Marlene, não senti que lhe devesse nada, muito menos uma estúpida confissão do que acontecera entre mim e a Cláudia e que, no que me dizia respeito, queria que voltasse a acontecer o quanto antes. Eu sabia que era uma mera questão de tempo até acabar com aquela insensatez de namorar com a Marlene. Mas se o podia fazer dali a umas quantas fodas valentes, não via motivos nenhum para antecipar a coisa."
Entretanto, como se fosse um anjo caído do céu, a Cláudia apareceu-me nos dias. Eram os fins de Março, a primavera anunciou-se no calendário, eu sentia nos tomates aquela leveza feita da promessa de dias soalheiros, flores que se abrem para o sol, pássaros que chilreiam alegres e pussycats com roupas leves e decotes generosos. Em suma, eu sentia o pulsar da vida a correr-me veias acima, em especial naquelas que irrigam o Onofre. Ainda mais resumido: andava com uma tesão infindável. Dei por mim e tinha uma meia leca morena de 27 anos, que me punha a casa num brinco e o Onofre num estado lastimoso. Em troca exigia-me um estatuto de exclusividade e noites de felicidade plena estampada no rosto partilhada com o seu grupinho de amigos. Para desenjoar deste quadro opressivo, aparecera-me nos lençóis a minha vizinha milf, um anjo ruivo de 43 anos, pele tão branca e voz tão rouca, que somente me pedia para ser fodida com sensibilidade. Deus sabe que eu tinha tesão de sobra para as duas, que fiz por merecê-las e que não havia nada que estivesse ao meu alcance fazer para evitar andar com ambas ao mesmo tempo.
Tecnicamente, tinha acabado de ser infiel à Marlene, mas as coisas não eram assim tão simples. Se por um lado ela achou por bem considerar que éramos namorados e eu não me opus a essa conclusão precipitada, por outro lado, nunca em tempo algum me pediu para lhe ser fiel. Estava portanto perante um caso omisso. A verdade é que eu jamais sentira algum tipo de sentimento pela Marlene que, já não digo que fosse da família do amor, mas que lhe fosse exclusivo. O que ela me provocava em termos afectivos e químicos não era em nada diferente do que o poderiam fazer dezenas de milhões de bajainas neste planeta, se lhes fosse concedida a mesma oportunidade, isto numa estimativa conservadora. A conclusão que tirei não podia ser mais simples: lá porque eu era o suposto namorado da Marlene, não senti que lhe devesse nada, muito menos uma estúpida confissão do que acontecera entre mim e a Cláudia e que, no que me dizia respeito, queria que voltasse a acontecer o quanto antes. Eu sabia que era uma mera questão de tempo até acabar com aquela insensatez de namorar com a Marlene. Mas se o podia fazer dali a umas quantas fodas valentes, não via motivos nenhum para antecipar a coisa."
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